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Morte de eletricista foi causada por falta de equipamento, diz sindicalista

EletricistaMembros do Sindicato dos Urbanitários estão exigindo rigor na apuração da morte do Eletricista Josenilton Gonçalves Paiva, que foi eletrocutado na sexta-feira (13) quando fazia reparos em uma rede de alta tensão, na cidade de Tarauacá. Os sindicalistas acreditam que a morte possa estar vinculada com a falta de equipamentos de segurança, ocasionada pelos precários serviços prestados por empresas terceirizadas. No momento do acidente, o trabalhador não usava luvas e roupas com isolante térmico. A direção da Eletrobrás/Distribuição ainda não se manifestou, mas já teria enviado técnicos em segurança no trabalho para o município.
 
Josenilton era funcionário da empresa AGE, uma das muitas empresas prestadoras de serviço para Eletrobrás/Distribuição. “Ainda é cedo para se chegar a uma conclusão, mas todo muito sabe que, ao terceirizar atividades-fins, os serviços ficam precarizados numa nítida intenção de querer privatizar a empresa”, criticou o diretor sindical Mauro Bezerra, afirmado que vai denunciar os responsáveis na Superintendência Regional do Trabalho (SRT) e Ministério Público do Trabalho (MPT). Três operários já morreram últimos dois anos.  

Defendendo concurso público para o cargo de eletricista, Bezerra também critica a redução do efetivo das empresas terceirizadas. Eles estão tendo que fazer hora extra para dar conta do trabalho. Este serviço é de fundamental importância para a população. “A quantidade que está sendo mantida hoje é muito pequena, por isso existe uma sobrecarga de trabalho fazendo com que caia a produção,” disse ele, para quem acredita que a fadiga também contribui para ocasionar acidentes no trabalho.

A falta de fiscalização das condições de trabalho no interior, segundo Bezerra, criar uma situação vulnerabilidade para os trabalhadores. “Esses trabalhadores tiveram um treinamento adequado? Estamos fazendo um relatório no qual vamos contar duas situações de descaso: a não prestação de um serviço de qualidade para a população e o iminente risco de acidentes no trabalho”, declarou o sindicalista.

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