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Inundação arrasa produção de milho e macaxeira

A inundação no rio Acre, que já ultrapassou a cota de transbordamento, atingiu as plantações de macaxeira e milho dos ribeirinhos das regiões do Belo Jardim, Catuaba, Colibri e Bagaço. Nos supermercados e feiras os preços dos produtos não foram afetados por causa da safra. “Este ano a alagação está acontecendo em janeiro. Geralmente esse fenômeno acontece em fevereiro e março”, observou o secretário municipal de Agricultura, Mário Jorge Fadel.
Plantação macaxeira
Mesmo com o rio baixando, técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura e Floresta (Safra), com o apoio da Defesa Civil do Município, já preparam um plano de contingência para ajudar atingidos, que são agricultores liados à produção familiar. “A prefeitura está distribuindo filtros, cestas básicas e dando assistência em saúde”, disse Fadel, destacando que a mecanização agrícola nessas regiões aumentou a produção de alimentos. 

Mesmo com a safra, os rio-branquenses estão importando a farinha de outros estados. O abastecimento depende do principal fornecedor, a região do Vale do Juruá, que, mesmo com o não fechamento da BR-364, o produto, que tem 25% de participação na renda da agricultura familiar, não chega em grandes quantidades na capital. A prefeitura já regionalizou a merenda escolar.

“A produção da nossa região é insuficiente para abastecer o mercado. Para se ter uma ideia, o saco de 50 quilos chega a custar cerca de R$ 60 nas feiras”, informou Fadel. Ele disse, ainda, que o abastecimento estará normalizado somente no mês de maio. “A colheita do milho substitui um pouco a ausência da farinha”, amenizou Fadel.

Desde 2009, o Governo do Estado e a Prefeitura de Rio Branco investiram cerca de R$ 2,4 milhões em projetos de instalação de casas de farinhas no Vale do Acre.

“Não adianta rigor na higienização da colheita, torragem e embalagem se não tiver o produto para abastecer aquelas casas de farinhas”, critica o agricultor do projeto de assentamento Moreno Maia, João Mendes. Ele se queixa das “péssimas condições dos ramais da Estrada Transacreana”.

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