A diretora do filme sobre a vida de Marina Silva, Sandra Werneck, está em Rio Branco escolhendo atores. Em fase de pré-produção, o filme, que deve ser rodado a maior parte em terras acreanas, é baseado na biografia da ex-ministra, contada pela escritora Marília de Camargo César, no livro ‘Marina: a vida por uma causa’. Depois de passar a infância e adolescência no Seringal Bagaço, Marina se dedicou na reivindicação de direitos e na defesa do meio ambiente. Hoje, ela é reconhecida mundialmente.
A cineasta diz que ideia surgiu depois de ela assistir uma entrevista da ativista no Programa do Jô. Ela considera Marina um ícone e uma referência por superar discussões esteréis, como, por exemplo, sobre quem está mais à direita ou à esquerda ou quem é responsável por isso ou aquilo. Ela discorda dos que estão pensando o país “com os valores e olhos do passado, focados em crescimento e expansão como se isso ainda fosse sempre razoável e desejável”.
Em sua opinião, Marina está voltada para o amanhã. “Ela vê a possibilidade de outro futuro, não só para o Brasil, mas para o mundo todo. Sabe que precisamos começar hoje a mudar alguns paradigmas de nossa vida se queremos deixar algum planeta para nossos descendentes”. A ex-ministra é considerada uma das 50 pessoas no mundo que podem salvar o planeta.
Marina deixou o seringal para ser freira na Capital. Desistiu da vocação e foi morar com parentes na periferia. Ela foi alfabetizada aos 16 anos, trabalhou como empregada doméstica e teve de lidar com as sequelas de algumas malárias e hepatites, além de ter o organismo contaminado por metais pesados. Antes de se tornar senadora e ministra do Meio Ambiente, Marina, por 2 vezes, foi eleita a parlamentar mais bem votada do país.