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Saúde realiza mutirão contra a dengue no bairro Oscar Passos

A secretária Suely Melo e toda a equipe técnica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) realizaram, na manhã de hoje, um mutirão na região do bairro São Francisco.
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Divididas as equipes, a secretária entrou nas residências e conversou com os moradores. Ao acompanhar os trabalhos dos agentes de controle de endemias, os técnicos querem aprimorar as ações de combate à dengue. Cerca de 80% dos focos do mosquito estão nas residências.

Embora contribuam com apenas 7% dos casos do número de focos, os terrenos baldios e logradouros públicos mal cuidados ainda são encontrados com freqüência. Na esquina da primeira rua do bairro Oscar Passos, Suely Melo se deparou com um terreno tomando por lixos e entulhos, uma creche abandonada e uma praça tomada pelo mato e poças d´águas. “Aqui precisamos acionar o dono desse terreno e solicitar a Semsur para fazer a limpeza”, disse ela.

Entrando na primeira casa, que pertencente ao autônomo Aguinei Mendes, os agentes encontraram vasos de plantas secos, garrafas emborcadas e caixas d´águas tampadas. “Esta casa é um exemplo de como é importante a população pode fazer a sua parte”, disse Suely, destacando que alguns moradores ainda resistem à presença dos agentes de endemias. “Tem deles que soltam os cachorros na gente”, lembrou uma servidora.

Por não conseguir entrar nos domicílios infestados com as larvas do mosquito Aedes Aegypti, o governo do Estado e prefeitura firmaram parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), decidindo entrar na Justiça contra os proprietários que não deixam os profissionais em saúde atuarem. “A gente está fazendo as ações básicas de controle e eliminação, juntamente com a educação e a conscientização, mas, se fosse necessário, vamos acionar esses moradores na Justiça”, alertou Suely Melo.

Rio Branco está entre as cinco capitais do Brasil onde pode ocorrer uma epidemia. O aumento de mais de 100% no número de casas infestadas com as larvas do mosquito, sendo  80% desse ambiente em domicílios, principalmente em caixas d´águas destampadas, aumentou a preocupação das autoridades. A situação se agravou deste o início do período chuvoso. No mês passado foi lançado um novo plano de contingência, o Combate à Dengue Dentro de Casa; A Guerra Continua.

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Polícia Militar entra na guerra contra a dengue

Uma tampinha de garrafa com água parada, alguns pingos de chuva talvez, é mais que suficiente para o que o mosquito da dengue deposite seus ovos e inicie o que pode ser um estrago na residência de uma família. É contra a proliferação da doença que as secretarias de governo se engajaram na luta para continuar reduzindo os índices de incidência no Acre. No final da tarde de ontem foi a vez da Polícia Militar entrar em ação.

A corporação destacou 150 alunos do curso de soldado, transformando-os em novos combatentes nesta guerra contra a dengue. Eles serão responsáveis, a princípio, pela notificação nas casas e farão o trabalho de agentes de saúde.  A secretária de Saúde, Suely Melo, compartilhou os dados comparativos da primeira semana de janeiro deste ano, em relação ao ano passado. Em 2011 foram notificados 2.477 casos da doen-ça, contra 204 casos notificados este ano, sendo apenas 20% de positividade.

“Isso significa que o nosso esforço tem valido a pena e que juntos nós conseguimos vencer esta guerra. É motivo para descansar? De forma alguma porque estamos num período endêmico, de chuvas, onde o mosquito pode depositar suas larvas em algum tampinha de garrafa com um pouco de água e sombra. Não podemos descuidar”, disse a secretária de Saúde.

O comandante da Polícia Militar em exercício, Paulo César, disse que pelo menos mil domicílios serão visitados e que a ação reflete o lema da PM, servir e proteger. O governador Tião Viana agradeceu o empenho de cada soldado: “os servidores públicos estão engajados nesta luta contra a dengue e o governo será muito grato por isso. Essa iniciativa fará parte da ficha funcional e constitui um dos mais bonitos gestos da Polícia Militar”, disse.

Policiais estão engajados na luta – “Podemos contribuir bastante. Esse é um trabalho importante, estamos em constante treinamento e algo que faremos com muito carinho. Nosso lema é servir e proteger e essa ação faz parte da nossa missão”, Dayana Barbosa.

“Essa junção das secretarias fará com que os esforços sejam somados e os resultados melhorem. É um trabalho importante, principalmente em relação aos lugares que vamos cobrir, onde é mais difícil os agentes de saúde entrarem. Nós faremos o nosso melhor”, Hálida Valéria.

“Nós temos condições de contribuir com a sociedade e vamos ajudar orientando o cidadão, ajudando a identificar possíveis criadouros do mosquito. É um trabalho gratificante”, Diego Alberto.

“É um trabalho que traz uma satisfação pessoal, porque nos gratifica. É uma oportunidade de servir e proteger a nossa sociedade e temos certeza que podemos contribuir bastante nesta guerra contra a dengue”, Wesley de Souza Ibernan. (Agência Acre)

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