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Secretário diz que 40 haitianos deixarão Brasileia diariamente a partir de segunda

Com o sinal positivo do governo federal de que dará suporte às ações das autoridades acreanas para resolver os problemas dos mais de 2 mil haitianos que entraram no país irregularmente pela cidade de Brasileia, a tendência agora é que essas pessoas deixem a cidade mais facilmente. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nílson Mourão, disse que, a partir de segunda-feira (9), 40 haitianos deixarão Brasileia diariamente com todos os documentos regularizados, como vistos de permanência no Brasil, vacinação em dia e Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
Haitianos saída
Na quarta (4), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reuniu-se à noite, no Palácio do Planalto, com os secretários executivos dos ministérios de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes, e da Justiça, Luiz Paulo Ferreira Barreto, para discutir medidas de ajuda ao Governo do Acre para resolver o problema de Brasileia e da imigração haitiana. Os 2 ministérios concentrarão a maior parte das ações de ajuda aos imigrantes.

Nílson Mourão informou que a maior parte dos haitianos já regularizados deixará o Acre com destino a Rondônia, onde trabalharão em empresas responsáveis pela construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Outros estão sendo contratados por empresas para trabalhar em Santa Catarina, Cuiabá e São Paulo.

“Recebi a informação de que uma grande empresa brasileira está interessada na mão de obra dos haitianos e virá ao Acre para contratar de 200 a 250 deles”, acrescentou o secretário. Mourão não disse o nome da empresa porque, segundo ele, foi feito até agora apenas um primeiro contato e não tem nada de oficial ainda.
O Governo Federal vai ajudar na segurança alimentar e com repasse de recursos para concessão de passagens para que eles deixem o Estado, além de fornecer serviços de saúde como vacinação e, especialmente, de detecção de vírus HIV e da hepatite.

Mourão informou que o governo local já enviou os kits de diagnóstico de eventuais portadores do vírus de Aids. Como a rede pública do município não tem condição de fazer a análise do sangue colhido, o material seguirá para Rio Branco.

Segundo o secretário, apesar do grande número de imigrantes em Brasiléia, o número de haitianos que cruzam a fronteira da cidade com o Peru tem reduzido. “Diariamente constatamos que esse número está diminuindo, o que facilitará nossas ações ainda mais com esse sinal verde dado pelo governo federal.” (Agência Brasil)

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