Os projetos dos 4 municípios acreanos estão entre os de 1.159 cidades de todo país, que receberão quantias que representam 20% a mais do repasse que a União destina regularmente para o combate a doença, seguindo o Teto de Vigilância e Promoção à Saúde. Uma ‘injeção’ de R$ 92,8 milhões (os R$ 500,17 mil do Acre representam 0,54% deste montante) em recursos adicionais. O total de municípios premiados também é 17% maior do que o que havia sido anunciado em outubro de 2011 (só 789 cidades receberiam bônus).
Os planos também incluem a qualificação das ações de prevenção e controle da doença. Mais de R$ 100 milhões serão destinados. De acordo com o ministro Alexandre Padilha, os municípios selecionados assinarão um termo de adesão, no qual se comprometem, junto ao MS, a ampliar as suas ações de combate ao mosquito transmissor, a vigilância dos casos e notificações, além de dar maior assistência e acompanhamento dos casos.
Até o final de novembro, foram notificados 742.364 casos suspeitos de dengue em todo o país. Em comparação com o mesmo período de 2011, houve uma redução de 25%. De janeiro a novembro de 2010, foram registrados 985.720 casos suspeitos da doença.
O Acre, por sua vez, fechou o ano passado com pouco mais de 26 mil notificações, o que representa uma queda de cerca de 30% (8 mil notificações) nos casos, em comparação com o total de 2010 (cerca de 34 mil). Vale ressaltar que 2011 ainda não está com seus números finalizados.
Os valores obedecem ao que foi estabelecido pela Portaria nº 2.557/2011, que aprova as diretrizes para execução e financia-mento destas ações. Os recursos serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos do Distrito Federal e Municipais de Saúde. (Com informações da Agência Saúde)
Angelim diz que é hora de redobrar a ‘força’ no combate à dengue
O Levantamento de Infestação Rápida (Lira) mostrou que o índice saltou de 9,83% para 10,08% na última semana se comparado à semana anterior. Isso significa que uma em cada dez residências de Rio Branco está infestada pelo mosquito. Em algumas regiões da cidade, esse índice salta para 20,3%, ou seja, uma em cada cinco casas.
Em parceria, governo e prefeitura executam ações de combate ao mosquito, ações essas que são intensificadas nesse período em que o volume de chuva é bem maior. As ações são de combate direto ao mosquito de educação e conscientização da população e de apoio às pes-soas que contraem a dengue.
Os números preocupam o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim. Ele que já foi acometido por dengue em duas ocasiões, está intensificando ainda mais a mobilização de todas as secretarias e órgão diretamente envolvidos na prevenção à doença para reforçar o trabalho de combate ao mosquito. Na segunda-feira, 2, Angelim reuniu com os coordenadores de campo dos agentes de controle de endemia e, ontem, 3, reuniu com garis e margaridas que trabalham na coleta de lixo e limpeza da cidade.
A reunião aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) por volta das 6 horas da manhã. Também estavam presentes os diretores e demais servidores daquela secretaria. Angelim estava acompanhado do secretário municipal de Saúde, médico Osvaldo Leal.
O prefeito falou da necessidade de intensificar o trabalho de combate ao mosquito. Ele lembrou que os garis e margaridas executam um trabalho importante e que todos têm contribuído muito para que a dengue esteja hoje num patamar bem abaixo do que foi registrado no início do ano passado quando uma parcela considerável da população sofria com a doença. “Lixo e entulho é ambiente propícios para proliferação do mosquito e vocês têm combatido com eficácia esses criadouros durante a limpeza da cidade”, disse o prefeito.
Durante a conversa, Raimundo Angelim pediu atenção especial com algumas regiões da cidade onde os focos do aedes aegypti estão presentes em um maior número de casas. Ele pediu que os garis e margaridas aproveitassem também para conversar com as pessoas nesses bairros, alertando para o risco da doença, para os cuidados que se deve ter com a limpeza das casas, evitando deixar depósitos de água descobertos ou mesmo deixar nos quintais tampas, garrafas ou outros objetos que posam servir como locais de procriação do mosquito.
“Gostaria que a Semsur e vocês priorizassem o trabalho nos bairros que têm maior infestação do mosquito e gostaria que vocês fizessem esse trabalho que sabem fazer bem, mas que também nos ajudassem a conversar com as pessoas para evitar que a dengue vença essa guerra”.
Osvaldo Leal também conversou com garis e margaridas. Ele falou dos índices de infestação nos bairros e afirmou que cerca de 600 pessoas só da sua secretaria estão empenhadas no combate à dengue. Com o reforço dos trabalhadores da Semsur, esse número ultrapassa a casa das 800 pessoas, haja vista que são 220 garis e margaridas.
A Semsur faz a retirada de cerca de 130 toneladas de lixo domiciliar a cada dia. Outras 80 toneladas de lixo são retirados das ruas por garis e margaridas que trabalham todos os dias, faça chuva ou faça sol, das 6 às 23 horas. (Ascom PMRB)
Governo contrata novos agentes de endemias para intensificar os trabalhos contra a doença
Na manhã de ontem, 3, o Governo do Estado realizou no auditório da Secretaria de Estado de Saúde a contratação de mais 70 agentes de endemias para reforçar as equipes da Secretaria Municipal de Saúde nas visitas domiciliares em Rio Branco. A ação visa obter o controle de proliferação do mosquito da dengue durante os meses chuvosos que vão de janeiro a março.
“O governo está agindo de forma complementar as ações do município no combate a dengue, uma vez que 90% dos casos foram registrados na Capital. Com isso, o governador Tião Viana quer que as visitas domiciliares sejam intensivas, porém estamos aumentando o quantitativo de agentes que fazem essas visitas para reforçar o município de Rio Branco no controle do Aedes aegyptis”, destaca de Izanelda Magalhães, gerente do Departamento de Vigilância em Saúde.
De 4 a 6 de janeiro será realizada uma capacitação para os novos agentes sobre o manuseio do larvicida.
A gerente comenta que durante o ano de 2011 houve quatro grandes etapas no combate a dengue, sendo a primeira com o recolhimento de entulho, a segunda com a contratação de profissionais durante os meses de janeiro a setembro, a terceira foi uma mobilização com as escolas onde foram capacitados mais de 20 mil estudantes, já na quarta etapa houve novamente o recolhimento de entulho, e a quinta etapa será o lançamento da campanha Secretarias Unidas Contra a Dengue. (Agência Acre)