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Eleições 2012: FPA e oposição vão para a disputa já de olho em 2014

EleicoesEm outubro os acreanos vão às urnas para escolher os prefeitos e os vereadores dos 22 municípios do Acre. Essa é considerada uma das mais importantes eleições para o futuro do desenvolvimento do Estado. Mais uma vez, Frente Popular e oposição devem travar uma grande batalha para fazer a maioria dos parlamentares e dos prefeitos.

Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), até o final de novembro o Acre tinha 475.871 eleitores. A expectativa é que esse número aumente consideravelmente. Rio Branco tinha 220.837; Cruzeiro do Sul 47.862; Feijó 17.021 e Brasileia 15.380, formando os maiores colégios eleitorais do Estado.

Os eleitores de Rio Branco, vão as urnas para eleger um novo prefeito ou prefeita. Raimundo Angelim (PT), que está na administração desde janeiro de 2005, não pode mais disputar a eleição.

A expectativa é que quatro nomes disputem a sucessão de Raimundo Angelim. Até o momento o PCdoB apresentou o nome da deputada federal Perpétua Almeida para ser analisado na Frente Popular. Os demais partidos aguardam a indicação do PT para definir o nome da aliança para a disputa.

Pela primeira vez, a eleição pode ser decidida em dois turnos. A oposição tenta adotar uma estratégia para levar a disputa para o segundo turno. Já a Frente Popular quer vencer a eleição no primeiro turno.

Já a oposição tem até o momento três nomes. Tião Bocalom (PSDB), Fernando Melo (PMDB) e Luiz Calixto (PSL). Lideranças afirmam que a oposição terá apenas duas candidaturas, que seriam definidas logo após o Carnaval.

Em Sena Madureira, Capixaba, Brasileia e Plácido de Castro, por exemplo, os eleitores também vão escolher um novo prefeito ou prefeita. Mas na maioria dos municípios, em pelo menos 15, os atuais administradores devem disputar a reeleição.  

No interior a oposição promete sair unida contra a Frente Popular. A intenção é conquistar o maior número possível de prefeituras e se fortalecer para a disputa do Governo do Estado em 2014.

Nos quatro maiores colégios eleitorais, a oposição aparece com chances de vitória. Em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, por exemplo, a disputa promete ser “voto a voto”. Vagner Sales disputa a reeleição. Na Capital, oposição e Frente Popular vão apresentar novos nomes para a disputa.

Eleger o maior número de prefeituras pode ser decisivo para 2014, quando acontecerá a disputa pelo Governo do Estado. Para a oposição, manter as prefeituras de Cruzeiro do Sul, Feijó, Senador Guiomard e Tarauacá, vencendo em municípios estratégicos como Sena Madureira, Brasileia e Rio Branco, será fundamental para o futuro.

Já a Frente Popular (FPA) quer se manter na administração de Rio Branco e em outros municípios, conseguindo vitórias importantes em municípios estratégicos, se fortalecendo para continuar no Governo do Estado em 2014.  

Novidades também nas Câmaras
Em 2012, além de decidir se os atuais vereadores voltam ou não às Câmaras dos 22 municípios acreanos, os eleitores poderão eleger parlamentares para ocupar novas vagas.

 O Acre terá 25 novas vagas de vereadores em 10 Câmaras. Rio Branco, por exemplo, passará dos atuais 14 para 17. Cruzeiro do Sul sairá de 10 para 14. Mas os especialistas garantem que isso não representa tranqüilidade para os que buscam a reeleição.

Eleger o maior número de vereadores e conquistar uma bancada que possa assegurar a governabilidade dos prefeitos é uma tarefa que exigirá muito trabalho da oposição e da Frente Popular.

Em Rio Branco, por exemplo, a expectativa é que os 14 vereadores disputem a reeleição. Atualmente, a situação conta apenas com nove vereadores. A oposição tem cinco vereadores, o que dificulta a aprovação de projetos do executivo.

O aumento do número de vagas para 17, além de não tranqüilizar alguns parlamentares que tiveram uma atuação apagada, pode representar a oportunidade de conseguir eleger mais vereadores para garantir a governabilidade.  

De acordo com a legislação, para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de nove vereadores, nos municípios de até 15 mil habitantes; 11 nos municípios de mais de 15 mil habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; 13 nos municípios com mais de 30 mil e de até 50 mil; 15 nos municípios de mais de 50 mil e de até 80 mil habitantes; 17 nos municípios de mais de 80 mil e de até 120 mil habitantes; 19 nos municípios de mais de 120 mil e de até 160 mil habitantes; 21 nos municípios de mais de 160 mil e de até 300 mil habitantes; 23 nos municípios de mais de 300 mil e de até 450 mil habitantes.
Algumas Câmara optaram por não aumentar o número de vagas, alegando problemas com o orçamento.

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