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Acre pode receber primeira indústria de calçados

O Acre pode ganhar sua primeira indústria de calçados de segurança. A matéria-prima para afabricação dos produtos já está garantida no Estado e tem muita qualidade. A expectativa é que a indústria se instale na Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
Curtume acreano Bom Retiro tem capacidade para garantir a matéria-prima necessária para produção na indústria
O empresário Sebastião Carlos da Silva garante que a concretização do negócio depende apenas de alguns detalhes. Atualmente, a empresa Bootminas, com sede em Guaxupé, Minas Gerais, fabrica calçados para construção civil, vigilância, agroindústria, metalúrgica, militar, entre outros, com uma produção de20 mil pares por mês.

Há mais de 16 anos no mercado brasileiro, Sebastião Carlos da Silva afirma que o Acre tem as características necessárias para a instalação de sua empresa. Em conversa com o governador TiãoViana e com o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, ele disse que está disposto a fazer o investimento, gerando emprego e renda no Estado.

A empresa fabrica calçados tradicionais na linha de segurança, que possuem biqueira de aço oupolipropileno e vários tipos de solados e palmilhas, dependendo dos riscos dos postos de trabalho,como um modelo especial, o 1009 que possui protetor de metatarso.

“Fiquei impressionado com tudo que vi aqui no Acre. O governo tem feito um trabalho importante para garantir o fortalecimento da indústria, garantindo a geração de emprego e renda. Acredito que muito em breve poderemos concretizar o negócio”, destacou o empresário.


Sobre a Bootminas
O Grupo Bootminas foi criado em 1995, a partir da visão de seu fundador, que já contava com 20 anos de experiência no ramo, em produzir produtos de qualidade com uma gestão empresarial profissionalizada. Situada em Guaxupé/MG, a empresa vem ganhando destaquenacional com um mix de produtosfabricados com alta tecnologia, que alia conforto e durabilidade, atende todas as normas técnicasvigentes e mantém uma excelente relação custo x benefício.
Atualmente, a empresa gera 70 empregos diretos. Além disso, existem representantes em boapartedos estados brasileiros.

Curtume acreano garante matéria-prima
Com uma produção de 1,6 mil couros beneficiados por dia, com capacidade de aumentar ainda mais, o Curtume Bom Retiro, garantirá a matéria-prima necessária para o funcionamento da fábrica decalçados.

Atualmente, toda produção é enviada para o Rio Grande do Sul, para fábricas do segmento. O sonho do empresário Geraldo Donizetti é que o produto fique no Acre. “Nós temos feitos vários investimentos, pois temos um couro de muita qualidade. A instalação de uma fábrica de calçados aqui no Estado nos anima muito, pois temos uma matéria-prima de qualidade”, disse.

Atuando no mercado desde 1995, o curtume gera hoje 130 empregos diretos. A expectativa é quenovos postos de trabalho sejam gerados com a instalação da fábrica no Acre. Para o empresário Geraldo Donizetti, o Estado está preparado para a fabricação de calçados.

“Nós precisamos de uma indústria que termine o processo do couro. Temos um produto de muita qualidade, mas mandamos para outros estados. Além do couro, podemos fabricar outros produtos que podem ser comercializados em nosso mercado e exportados”, afirma.

Geraldo Donizetti também tem um curtume em Porto Velho. Para garantir a mão-de-obra necessária, ele vai contratar pelo menos 50 haitianos. A ideia é fortalecer sua estrutura física para atender a demanda do mercado.

Edvaldo apresenta condições para instalação da indústria

Governo do Acre dá incentivos
O governador Tião Viana disse que a instalação de uma fábrica de calçados no Acre tem significado muito especial. Ele fez questão de apresentar a política de compras governamentais do Governo do Estado e os incentivos dados às empresas.

Para Tião Viana, a industria-lização do Acre é fundamental para melhorar a qualidade de vida da população acreana. “Para o governo o que importa é a geração de emprego e renda. A instalação de uma indústria de calçados nos anima pelasoportunidades que ela trará para nosso Estado”, destaca.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Serviços, Ciência eTecnologia(Sedict), Edvaldo Magalhães, apresentou a ZPE do Acre e o Polo Industrial aoempresário Sebastião da Silva e garantiu apoio à indústria.

“Nossa ZPE será a primeira do Brasil a ser alfandegada. Estamos executando um projeto de expansão do nosso Polo Industrial.Temos um curtume que, por dia, prepara 1,6 mil couros e manda para outros. Então, temos aqui as condições necessárias para a instalação dessa indústria”, garante. Além de trabalhar com produtos fabricados a partir do couro de gado, o empresário já pensa em investir também  no couro de peixe.

Com a implantação do Complexo de Piscicultura, a expectativa é que um grande volume de couro de pescado seja produzido no Acre.

Sebastião da Silva acredita que pode atender não apenas o mercado acreano como também da região Norte e dos países vizinhos. “O Acre está localizado em uma região privilegiada. Pensamos em atender não somente o mercado local como também investir na exportação. A proximidade com o Pacífico nos anima muito”, afirma.


Pachamama garante entrada do filme O Palhaço em La Paz

ITAAN ARRUDA
A segunda edição do Festival Pachamama- Cinema de Fronteira, realizado entre os dias 16 e 19 de dezembro do ano passado, já começa a trazer consequên-cias práticas. E não apenas na integração cultural com a Bolívia e Peru. A integração é econômica também.
Ator Matheus Nachtergaele (dir.) prestigiou festival de cinema no Estado
Está marcado para o próximo mês o lançamento do filme O Palhaço em La Paz, capital da Bolívia. O filme, com direção e atuação de Selton Melo, foi a maior aposta dos organizadores do Pachamama e entra no mercado boliviano por intermédio do festival acreano de cinema.

Isso não é algo corriqueiro no disputado cenário de distribuição de cinema independente na América Latina. Fazer cinema não é barato em lugar nenhum do mundo. Distribuir filmes muito menos. A situação piora um pouco mais no cone Sul, onde os aventureiros que se arriscam na empreitada trabalham sempre no limite da paciência e do orçamento.

A expectativa é que o lançamento em La Paz conte com a presença do próprio ator Selton Melo. “O filme não iria para a Bolívia”, revela um dos idealizadores do Festival Pachamama, Sérgio Carvalho. “O festival proporcionou o encontro dos produtores do filme com representantes de uma produtora independente”.

Carvalho acredita que o mérito do festival acreano é proporcionar e melhorar a distribuição do que se convencio-nou chamar de cinema independente. “Nós formulamos o Pachamama pensando, sim, em viabilidade econômica, mas não imaginávamos que seria tão rápido”.

O grupo planejava que a formulação de produtos oriundos do festival viria em cinco anos. Veio em dois. O lançamento d’O Palhaço em La Paz antecipa também outra característica própria do cinema de fronteira: a integração de produções.

Com o ritmo do trabalho em rede proporcionado pelo Pachamama, não será surpresa se, em breve, uma película for rodada com produção peruana, atores da Bolívia e finalização executada no Acre. Isso é possível.
Sérgio Carvalho é um dos idealizadores do festival que já pensa em estender as fronteiras também para o Chile
“Hoje, os peruanos estão muito à frente da produção acreana”, constata um dos organizadores de festival, Jorge Henrique Queiróz. “Nós já havíamos pensando em algo que não envolvesse uma circulação de filmes apenas no Brasil.

Queiróz lembra que o Pachamama sempre reconheceu a singularidade da relação entre cinema e economia e de como isso é importante no cenário comum às três primeiras fronteiras do festival formada por Acre, Peru e Bolívia. “Isso é tão inédito para nós quanto é para eles também”, reconhece o organizador.

Próxima fronteira: Chile
Os organizadores do Festival Pachamama têm um objetivo cristalino para conquistar: a chancela da Lei Rouanet. Com essa ferramenta fica mais segura a busca por patrocínio, além de dar o tom profissional a um festival que já nasceu ousado na concepção.

As articulações estão sendo feitas para que a edição 2012 tenha pelo menos uma produção do Chile. “O festival concretiza na tela uma movimentação econômica que, aos poucos vai se consolidando com a Caretera e o Chile também o beneficiado com a Transoceânica”, avalia o idealizador do Pachamama, Sérgio Carvalho.

A necessidade de profissio-nalizar os procedimentos na execução do festival é evidente. “Ano passado, o festival só se concretizou porque ouve a intervenção direta e pessoal do governador Tião Viana, é preciso reconhecer isso”, afirmou um dos organizadores, Jorge Henrique Queiróz.


Rio Branco ganha seu primeiro ‘condomínio clube’

ITAAN ARRUDA
A primeira etapa do primeiro condomínio clube do Acre, o Reserva do Bosque, está prevista para ser concluída em junho de 2013. Mas, o prazo pode ser antecipado. “O esforço de toda nossa equipe está focado para quepossamos entregar antes disso”, informa o coordenador comercial do empreendimento, Olair de Paiva. A conclusão de todo projeto está prevista para 2016.
Coordenador Olair Paiva ( no detalhe) apresenta diferenciais do condomínio clube: quadra de futsal, playground e piscina semi-olímpica, entre outros atrativos
As obras já iniciaram. O condomínio clube está localizado no quilômetro 13 da rodovia AC 10 (Estrada de Porto Acre) e traz uma proposta inovadora no mercado imobiliário da região, não apenas pelo complexo, mas pelo tamanho.

São quase nove hectares de área, incluindo uma parte de mata virgem (bosque). Na planta virtual, o empreendimento é composto de campo de futebol, playground, quadra de futsal, pista de para prática de caminhadas ou corridas, salão de jogos, piscinas (uma semi-olímpica e outra para crianças), salão de festas, área para fazer churrascos e segurança privada.

Assinado pela Prática Engenharia e incorporação da Leal Empreendimentos, o condomínio clube é avaliado em R$ 100 milhões pelo Valor Geral de Vendas. Traduzindo essa cifra: o VGV é um conceito que indica a soma de tudo o que for comercializado no empreendimento.

“Nós não estamos vendendo apartamentos, simplesmente”, explica o coordenador comercial, Olair Paiva. “Estamos compartilhando um conceito de qualidade de vida”. São 704 apartamentos, sendo apenas quatro por andar.

Algumas unidades são adaptadas para pessoas portadoras de necessidades especiais para locomoção. Há dois tipos de apartamentos. Um com 53,27 metros quadrados e outro com 67,06 metros quadrados. A estrutura tem dois quartos, cozinha, sala de estar, área de serviço, banheiro e varanda.

No local onde será construído o empreendimento, há um apartamento modelo que simula as reais condições de moradia. Uma equipe com 20 corretores e dois especialistas em documentação imobiliária atendem, há praticamente um mês, aos interessados em adquirir o imóvel.

A Caixa Econômica Federal é a única instituição bancária quefinancia a compra dos imóveis aos interessados. Dependendo do apartamento escolhido e da entrada ofertada as parcelas podem ficar em menos de R$ 700 e vão reduzindo de valor com o decorrer do tempo.

O Reserva do Bosque é resultado de uma pesquisa de mercado feita aqui em rio Branco em 2009. No estudo, ficou constatada a demanda reprimida no setor. A escolha do local foi estratégica porque concilia a tranquilidade da vida campestre com a acessibilidade às principais avenidas da cidade praticamente utilizando uma única via.

SERVIÇO
Mais informações sobre o empreendimento podem ser adquiridas pelo telefone 3228-1560.


Estrada Transoceânica é estratégica para Engeplan

ITAAN ARRUDA
A Engeplan, empresa de importação que pretende montar bicicletas elétricas no Parque Industrial em Rio Branco, diminuiu em pelo menos 26% os custos com transportes ao usar a Carretera Transoceânica, a estrada que liga os portos peruanos no Pacífico à capital acreana.
Empresa, inicialmente, só comercializa o produto, mas objetivo é fazer a montagem no Parque Industrial da Capital
Vindas da China desmontadas em containers, as bicicletas levam até 54 dias para chegar aos portos de Manaus, cidade onde há a matriz da Engeplan. Pela carretera, são apenas 14 dias. O cálculo leva em conta apenas o fator tempo.

Por enquanto, a empresa está comercializando o produto. O empresário Márcio Rebouças, que já atua na região com a importação de hortaliças e legumes do Peru, já percebeu a viabilidade econômica que a estrada pode proporcionar.

A comercialização das bicicletas elétricas faz parte de um projeto bem mais ousado. Rebouças quer montar o produto aqui em Rio Branco. Orçado em R$ 2 milhões, o projeto deve gerar 100 empregos diretos com capacidade operacional de mil unidades por ano.

“Vamos crescendo aos poucos”, disse Rebouças em conversa informal com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, que foi conhecer as instalações da loja onde emprega diretamente oito colaboradores.

Para o empresário Rebouças, a loja tem uma função estratégica. “Precisamos sentir mais o mercado e ver a aceitação do produto”, revelou. De acordo com Rebouças, os estudos prévios feitos pela equipe de trabalho da Engeplan detectaram que há demanda reprimida. “Vai ter aceitação”.

No processo de montagem, não está descartada a possibilidade de as partes de borracha da bicicleta serem fabricadas aqui no Acre. Esse formato agrada ao governo por exigir o aumento da demanda do extrativismo vinculado a algum tipo de indústria.

Mas, na prática, tanto Rebouças quanto o governo têm pressa e não seria possível montar capital para produção das partes emborrachadas até dezembro quando a unidade de montagem deve ficar pronta.

A simpatia com que o governo recebe o empreendimento já tem endereços definidos. “O Governo se interessa pelo produto em setores estratégicos”, adianta o secretário de Estado, Edvaldo Magalhães. Ele citou como exemplo a Educação que pode utilizar o veículo em regiões específicas para o transporte de estudantes.

Onde usar?
A Segurança Pública também pode usar as bicicletas. Vigilância de espaços públicos e serviços burocráticos comportam as bicicletas elétricas. Não poluem, são ágeis e econômicas. Calcula-se que a relação é de R$ 0,01 (um centavo) para cada quilômetro rodado.

A bateria é recarregável em uma tomada comum e garante autonomia de até 50 Km. O custo para recarregar a bateria integralmente é de R$ 0,50 em condições normais e perfeitas de uso.

O produto promete ser mais seguro que uma bicicleta convencional. Tem faróis (dianteiro e traseiros), piscas de alerta, retrovisores, freios a disco e buzina. São elementos que proporcionam maior segurança e conforto a quem está guiando. O que não ocorre em uma bicicleta comum.

Atualmente, a Engeplan vende uma unidade ao preço de R$ 2,5 mil, financiada, com seis meses de garantia e assistência técnica local.


Plasacre quer quintuplicar capacidade produtiva em um ano

ITAAN ARRUDA
A Plasacre quer passar das atuais 120 para 500 toneladas mensais de plástico processado. A indústria inaugurada na última quinta-feira no Parque Industrial em Rio Branco já é parte dessa meta. “No atual ritmo, devemos conseguir isso em um ano”, calculou o empresário Olavo Castilho, um dos só-cios do empreendimento.
Indústria produz telhas de plástico, mourões e mangueiras, entre outros produtos. Olavo Castilho (esq.) diz que há previsão de mais investimentos ainda para este ano
O aumento da capacidade operacional foi anunciado durante solenidade que contou com a presença do governador Tião Viana, do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães e de empreendedores do setor.

Há um desafio posto para a empresa. Conseguir aumentar a captação do principal insumo: o plástico oriundo do lixo. Atualmente, os sócios têm que comprar plástico reciclável do Amazonas e de Rondônia.

De acordo com o empresário Olavo Castilho, o investimento na nova unidade foi de R$ 17 milhões. “Há previsão de termos investimentos de mais três milhões ainda neste ano, mas isso está em fase de análise”, adiantou o empresário Olavo Castilho.

A empresa emprega diretamente cem colaboradores e indiretamente outros 280. “São empreendimentos como esse que demonstram que estamos no caminho certo”, capitalizou o governador do Acre, Tião Viana. “Só um projeto de desenvolvimento que valoriza o respeito ao meio ambiente é capaz de dar importância a uma iniciativa como a da Plasacre”.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, “a Plasacre é um exemplo de uma proposta que é viável porque encontrou a acolhida do poder público dentro de uma proposta de trabalho que gera emprego e contribui para dar outra finalidade ao uso do plástico”.

A Plasacre, atualmente, produz telhas de plástico, conduíte, estacas para cercamento de propriedades rurais (mourões), mangueiras de irrigação e construção, lixeiras, estrutura de pontos de parada para ônibus, cocho para alimentação de gado e caixas agrícolas.

Tudo é feito com a reciclagem do plástico retirado do lixo por coletores do projeto Catar, executado pela prefeitura de Rio Branco. “A cooperativa de catadores integra esse empreendimento porque entendemos que a reciclagem do lixo, sobretudo do plástico, já faz parte de uma ação pública com evidentes ganhos para o meio ambiente”, afirmou o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim.

Cálculos feitos pela diretoria da empresa mostram que o uso das telhas de plástico, o produto mais vendido, reduz em até 40% os custos da construção.

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