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Via Verde Shopping estima R$ 200 milhões em vendas para este ano

A Landis Shopping Centers, empresa que administra o Via Verde Shopping, fechou o balanço 2011 dos dois primeiros meses de atuação e já anuncia a estimativa de vendas para este ano. São esperados R$ 200 milhões em vendas para 2012.
Regini: “fomos surpreendidos positivamente”
“Nós fomos surpreendidos positivamente”, alegra-se o presidente da Landis Shopping Centers, Dorival Regini. “Para os três primeiros meses de funcionamento, o desempenho do Via Verde Shopping foi muito bom comparado a outros shoppings do mesmo porte na região”.

O otimismo de Regini contrasta com as declarações de alguns lojistas do empreendimento. Quem teve desempenho ruim no mês de janeiro não quis se identificar. Os relatos também surpreendem porque escondem uma faceta estranha às vitrines bem postas e o ambiente asseado e seguro.

O setor que mais sentiu a tradicional baixa nas vendas do início do ano foi o de confecções. “Há dias que não vendemos nada”, afirma uma empresária. “Em outros, o movimento é razoável. O que nos preocupa é que os nossos custos fixos são altos, mas vamos persistir”.

Esse desempenho não guarda relação com as lojas âncoras e nem com as lojas da praça de alimentação e cinema. Essas empresas puxaram o consumo para cima. Com conhecimento de mercado, padrão de atendimento e produtos com mais apelo ao consumidor, as vendas nesses estabelecimentos mantiveram ou superaram a média.

“Não há exemplo, em nenhum lugar do país, de shopping centers com lojistas cem por cento satisfeitos”, minimiza o presidente da Landis Shopping Centers. “As nossas referências são nacionais e, por elas, garanto que o Via Verde surpreendeu”.
Âncoras do Via Verde superaram metas de vendas, no comparativo com outros Estados

1 milhão de visitantes em 3 meses
Um dos fatores que servem de referência para os técnicos em pesquisa de consumo em shopping centers é o fluxo de pessoas. No Via Verde Shopping, nos três primeiros meses de funcionamento, circularam cerca de um milhão de visitantes.

Isso não significa que todos visitantes consumiram, mas, para os técnicos, a simples passagem de pessoas potencializa a possibilidade de consumo, ajuda a consolidar a marca do shopping e as empresas a ele associadas.

Vendas caem em janeiro
O mês de janeiro é sabidamente complicado para as vendas. Essa sentença não é verdadeira, segundo o presidente da administradora do empreendimento Landis Shopping Centers, Dorival Regini. “O Via Verde Shopping possui empresas muito distintas e, ao longo do ano, em diferentes épocas, algumas lojas têm volume de vendas maior ou menor, dependendo do produto que ofertam ao público”, analisa.

De acordo com Regini, outros dois fatores podem contribuir para a sensação de alguns lojistas de que as vendas caíram. O primeiro é o fato de que alguns comerciantes do shopping estarem vivenciando a primeira experiência com o mercado varejista.

O segundo fator é que o Via Verde Shopping foi inaugurado em novembro, já por influência da agenda natalina. Manter, em janeiro, o mesmo volume de consumo de dezembro é praticamente impossível em qualquer lugar.
“Para construir o Via Verde, nós fizemos pesquisas de mercado e a performance espelha o que o estudo apontou”, afirma Regini.

Desistência
Um lojista já procurou a direção do Via Verde Shopping para pedir desistência do empreendimento. Após um prazo, repensou e recuou da decisão.

“É preciso termos calma. O Via Verde é um empreendimento que só tem três meses de vida. Ninguém, em nenhum lugar do mundo, consolida uma marca, um produto ou tem retorno de investimento em tempo tão curto”, tranquilizou o presidente da Landis.


 

Programa de Compras Governamentais dá incentivos a indústrias acreanas

RUTEMBERG CRISPIM
Uma boa notícia para as indústrias acreanas. O Acre conta agora com um Programa de Compras Governamentais com incentivo à indústria local. Isso significa que os produtos produzidos no Estado terão prioridade de compra, nas licitações realizadas pelos órgãos públicos estaduais.
Edvaldo Magalhães explica que produtos de empresas locais terão prioridade de compra nas licitações estaduais
Com a mudança no Programa, fica estabelecida também a possibilidade para a deflagração de licitações voltadas, exclusivamente, para empresas que sejam sediadas no Estado.

Entre outros objetivos, o Programa de Compras Governamentais visa reduzir as desigualdades sociais e regionais; elevar a produtividade da indústria local, associando crescimento econômico, desenvolvimento humano e conservação dos recursos ambientais; ampliar a emancipação econômica das comunidades locais pela sua integração ao processo de desenvolvimento, bem como garantir um padrão mínimo de escoamento da produção agrícola familiar.

A Lei garante que “a Administração Pública poderá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à aquisição de produtos fabricados por indústrias instaladas no Acre”. Para isso, serão aceitas propostas cujos valores excedam em 10% dos valores orçados pelos órgãos públicos.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Serviços, Ciência e Tecnologia (Sedict), Edvaldo Magalhães, explica que a valorização da indústria local traz, entre outros benefícios, o aumento da geração emprego para os acreanos.

“O governo tem outros mecanismos de incentivos a nossa indústria. O Programa de Compras visa, principalmente, o incremento da atividade industrial no Acre, fomentando a atividade produtiva nos mais diversificados seguimentos. É uma forma de valorizarmos nossos produtos e nossas indústrias”, afirma.

Para criar o Programa de Compras Governamentais, Edvaldo Magalhães realizou várias reuniões com os empresários do setor. Nos encontros, as empresas tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e sua capacidade de produção, bem como os investimentos que ainda podem ser feitos.
Iran: “notícia nos faz sonhar com novos investimentos”

Empresários estão otimistas
Para os empresários, a decisão do governo representa um passo importante para o fortalecimento da indústria local. “É uma notícia que nos anima muito e nos faz sonhar com novos investimentos. Durante muito tempo, vimos nossos produtos ficarem de escanteio, enquanto empresas de outros Estados conseguiam vender os seus. Agora temos a certeza de que podemos produzir, já que a venda é garantida. Tudo isso graças ao empenho e dedicação do secretário Edvaldo Magalhães”, comemora o empresário Iran Gusmão, da empresa Imperial Colchões.

Após a aprovação na Assembleia Legislativa (Aleac), a Lei agora segue para sanção do governador Tião Viana. Ela entrará em vigor 60 dias após sua publicação.


 
Ferrovia Transcontinental entra na agenda de prioridades do poder público

ITAAN ARRUDA
A entrada do Brasil no grupo das seis mais importantes economias do mundo tem forçado o poder público a repensar a agenda prioritária de infraestrutura. Na semana que passou, o senador Jorge Viana (PT/AC) retomou a discussão sobre a importância estratégica para o país em construir a Ferrovia Transcontinental EF-354.
Jorge: ferrovia até Cruzeiro e integrada a Pucallpa (Peru) cria novas referências à logística de transportes na região
O projeto é gigantesco. Sai do município de Muriaé, no Rio de Janeiro, passa por Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso, na cidade de Lucas do Rio Verde.

O Governo Federal já inicia esse ano a primeira etapa da obra entre a cidade de Campinorte (GO) e Lucas do Rio Verde (MT). O trecho de 1.040 quilômetros deve ser concluído em 2014 e tem previsão orçamentária de R$ 4,1 bilhões.

A segunda etapa da Estrada de Ferro-354, entre Lucas do Rio Verde (MT) e Vilhena (RO), ainda não tem previsão de início das obras. Mas, já está orçada em R$ 2,3 bilhões, de acordo com a empresa pública Valec, que trata especificamente da política de ferrovias no país.

“O Brasil andou muito tempo, a partir da década de 50, na contramão do resto do mundo”, afirma o senador Jorge Viana (PT/AC), defensor da extensão da estrada de ferro até a localidade de Boqueirão da Esperança, no município de Cruzeiro do Sul.

“Principalmente na Amazônia, ferrovias são mais adequadas do ponto de vista ambiental, com impacto menor”, avalia o parlamentar acreano.

Por uma articulação de Viana e de políticos do Acre, o governo peruano já aprovou lei que garante recursos para execução de estudos sobre a integração entre Pucallpa e o Vale do Juruá. “Essa integração entre Cruzeiro do Sul com o Peru por Pucallpa cria um sistema intermodal e dá outro ganho na logística da nossa BR-364”.

O argumento do parlamentar acreano ganhou força essa semana. O diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueredo, já garantiu presença em um seminário a ser realizado até junho deste ano em Cruzeiro do Sul.

Além do aspecto simbólico, a realização de um encontro desses na cidade de Cruzeiro do Sul, traça uma nova referência nas relações econômicas regionais. Pressionar para que o interior do Acre esteja integrado a uma logística de importância nacional abre novas perspectivas.

“Não podemos pensar em desenvolvimento sustentável, em uso sustentável de florestas públicas, transportando os produtos por rodovias”, argumenta o senador. “Está mais do que na hora de priorizarmos as ferrovias na nossa agenda de desenvolvimento”.


Banco Vitória leva ações da Caixa Econômica para comunidade

ITAAN ARRUDA
Parte da direção do Banco Vitória apresentou aos micro-empresários da comunidade do Jardim Eldorado, Vitória e bairro Chico Mendes as vantagens do programa Crescer implantado pela Caixa Econômica Federal.
Reunião marca primeira intermediação formal entre o banco comunitário e um banco oficial
Estavam presentes donos de lava jatos, proprietários de fábricas de vassoura, pequenos restaurantes e lanchonetes, cabeleireiros, mercearias.

É a primeira intermediação formal entre o banco comunitário e a comunidade por meio de um banco oficial. “Sem a existência do Banco Vitória, dificilmente, a interlocução aconteceria, embora esteja no planejamento da Caixa a implantação de gestores do programa em todos os municípios do Acre”, revelou o supervisor de Canais da Caixa, Wil-lean Rege da Cruz.

A supervisão de Canais é responsável pelo acompanhamento e gestão interna de Loterias e correspondentes bancários, semelhante ao que já existe no Banco Vitória.

O Crescer é uma linha de micro-crédito produtivo da Caixa Econômica Federal que tem a menor taxa de juros do mercado. São 0,64% ao mês com prazo de pagamento que varia de 4 a 24 meses, sem carência. A faixa de empréstimo está entre R$ 300 e R$ 15 mil.

Os três representantes da Caixa Econômica Federal, reunidos com os empreendedores dos bairros, orientaram que para conseguir o empréstimo era mais adequada a formação de grupo de três a sete pessoas.

Esses grupos identificariam qual o valor do empréstimo. Uma vez definido, o grupo aplicaria o conceito de aval solidário. Trata-se da dinâmica da seguinte lógica: um empreendedor é avalista do outro.

Importada dos teóricos da Economia Solidária e do cooperativismo, essa é uma forma que os bancos encontraram de fortalecer os laços entre os moradores e aumentar o compromisso em manter o pagamento das parcelas em dia.

“Afinal de contas, ninguém vai querer ser o meu avalista se eu não honrar com os meus compromissos e eu não vou querer ser avalista de ninguém que não atue da mesma forma”, explica o supervisor da Caixa.

Um novo encontro deve ser realizado após o Carnaval. Desta vez, os representantes da Caixa farão uma visita aos empreendimentos. “Nessa visita, eles vão aproveitar para avaliar a viabilidade econômica de cada negócio”, informou o analista de crédito do Banco Vitória, Cosmo Cunha de Brito. “Muitos dos micro-empresários têm faturamento razoável, mas, infelizmente, ainda estão na informalidade e o papel do banco é também ajudar a mudar esse quadro”.
Luciney diz que moeda precisa ser mais divulgada

Moeda social ainda está com lastro baixo
A Arco-íris, moeda social da comunidade dos bairros Vitória, Jardim Eldorado e Chico Mendes, ainda está com lastro baixo. Isso significa que a circulação da moeda na região ainda está pequena.

Estima-se que, com paridade de um Real valendo um Arco-íris (R$ 1 vale M$ 1), estejam circulando pela comunidade cerca de M$ 1 mil (Hum mil Arco-íris). Andando pela região e conversando com os comerciantes, percebe-se que ainda há descrédito entre os micro-empresários.

Alguns aceitam, mas, na primeira oportunidade, se dirigem ao Banco Vitória para trocar por Real. Alguns comerciantes, sem querer se identificar, afirmam que muitos clientes ficam desconfiados em aceitar a Arco-íris como troco.

“É preciso fazer um trabalho mais intenso de divulgação da moeda”, sugere o proprietário de lanchonete, Luciney de Oliveira Marcelino.

Em toda região, 40 estabelecimentos comerciais aceitam formalmente a moeda social.

Qual a lógica da moeda social?
A moeda social é um mecanismo, aprovado pelas autoridades monetárias, para fazer com que o pouco dinheiro que circula na comunidade fique restrito à região. Moeda social só tem lógica de existir em comunidades onde há famílias com renda baixa ou extremamente baixa.

Se o pouco dinheiro que possuem circular em outra região da cidade, o comércio local vai à falência. “A moeda social faz com que o dinheiro circule na própria comunidade e fortaleça a economia da região”, ensina o analista de crédito do Banco Vitória, Cosmo Cunha de Brito.

“Uma pessoa que sai daqui do bairro e vai pagar uma conta ou comprar alguma mercadoria no Centro faz com que o dinheiro deixe de circular aqui”, afirma Brito. “Por isso, nós trabalhamos para viabilizar o mais rápido possível o correspondente bancário da Caixa para que os moradores pudessem pagar suas contas e receber o Bolsa Família aqui mesmo no bairro, diminuindo as possibilidades de consumo fora daqui”.

A moeda social concretiza essa circulação de dinheiro. Quando uma comunidade acredita na força da mobilização proporcionada pelo banco local, o comércio se fortalece.

O melhor exemplo de banco comunitário no Brasil está em Fortaleza, capital do Estado do Ceará. O Banco Palmas tem um lastro que ultrapassa R$ 3 milhões (M$ 3 milhões) e envolve milhares de pessoas que acreditam na força da economia presente nas comunidades.


Paris Dakar inaugura primeira loja náutica do Acre

ITAAN ARRUDA
Veio da bandeira Yamaha, a primeira loja do segmento náutico do Acre. A Paris Dakar inaugurou, na última quarta-feira, uma loja em que apresenta os novos produtos, classificados como consumo de luxo. O empresário Júnior Damasceno investiu aproximadamente R$ 1,4 milhão só em infraestrutura do espaço físico. “Eu já atuava com venda desses produtos há seis anos, mas senti a necessidade de ampliar o empreendimento”, ressaltou.
Júnior Damasceno investiu cerca de R$ 1,4 milhão na infraestrutura da nova loja
A Paris Dakar atua em dois setores náuticos. Lazer e trabalho. No setor lazer, estão incluídos os jet-skis, lanchas e barcos de passeio. Os artigos têm preços que variam de R$ 20 mil a R$ 120 mil, excluindo os acessórios que, dão acréscimo mínimo de R$ 1 mil e se estende até o gosto e o bolso do freguês.

Já circulam lanchas nos rios de Rio Branco que praticamente são pequenos iates: embarcações que têm todo conforto, com som, freezers e até um pequeno quarto.

No setor trabalho, há os barcos de alumínio, muito utilizados por instituições públicas para realização de trabalhos de assistência técnica e social ao longo dos rios. Esse é o setor com maior fluxo de consumo.

A Paris Dakar oferece também aos clientes os serviços da marina, inaugurada em março do ano passado. A estrutura foi construída próxima à terceira ponte sob o Rio Acre.

O cliente paga uma mensalidade que varia de R$ 200 a R$ 500, dependendo do tamanho da embarcação e têm a segurança de que o veículo estará limpo e bem guardado quando não estiver em uso.
A marina também oferece serviço de manutenção e reparo no maquinário. Com a nova loja, a Paris Dakar passa a empregar diretamente 25 pessoas.

Um dos pontos fracos na venda desses produtos é que há limitação sazonal para uso dos equipamentos. Durante pelo menos cinco meses, em média, o trânsito fica limitado por causa do baixo nível das águas do Rio Acre.

Fiscalização praticamente não existe
A fiscalização do trânsito de embarcações em Rio Branco é praticamente nula. Quem tem a responsabilidade de fazer é a Capitania dos Portos, órgão da Marinha do Brasil, cuja sede mais próxima está localizada na cidade de Boca do Acre.

Imperícia, acidentes, condições das embarcações, punições. Situações rotineiras que, a partir de agora, devem ser avaliadas com mais rigor pelos órgãos fiscalizadores com o aumento do consumo de barcos de lazer na região.

Nem Deracre e nem Detran têm responsabilidade sob esse tipo de tráfego. Quem quiser se informar sobre as obrigações previstas em lei para navegar sem receio da fiscalização, basta entrar em https://www.dpc.mar.mil.br/normam/tabela_ normam.htm.

Manaus detém 74% do mercado do Norte
De acordo com o representante comercial da Yamaha Náutica, Jorge Araújo, Manaus é praticamente soberana no comércio do setor náutico com 74% do mercado regional. Em segundo lugar vem Rondônia com 16%.

“Rio Branco desperta agora para esse segmento”, constatou Araújo. “Nós fizemos uma pesquisa de mercado e constatamos que havia demanda para o setor não apenas para o setor lazer, mas também para o trabalho”.

O principal fator para que a Yamaha amplie a oferta de produtos no Estado é que havia necessidade de a marca ter um representante do setor náutico na região. “Há programas de governo que, para garantir acesso de crianças às escolas com mais segurança e rapidez, será preciso embarcações adequadas”, defendeu o investimento, o empresário Júnior Damasceno.

Categories: Acre Economia
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