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Cadeirante denuncia que esquema m Brasília teria ‘beneficiado’ acreanos

Mafia-cadeirasO cadeirante José Antônio Almeida Pereira, mais conhecido com ‘Padeiro’, 49 anos, denunciou que um suposto esquema ilegal em Brasília teria facilitado a venda de mais de 50 cadeiras de rodas para pessoas de vários Estados, inclusive do Acre. A fraude foi denominada de ‘máfia das cadeiras de rodas’ e seria de autoria de um servidor do almoxarifado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), chamado José Francisco Bezerra Rosa. O caso está sendo investigado pela Promotoria da Pessoa com Deficiência do Ministério Público e pela Polícia Civil do DF.

O acusado ficava lotado numa unidade da SES de Vila Palmira e estaria fazendo as entregas das cadeiras usando um carro Renault Clio cinza, placas HPS-6655.

A história veio à tona no começo do mês, no dia 5 deste mês. As cadeiras (que deve-riam ser destinadas para doações para pessoas com necessidades especiais carentes) custam em torno de R$ 1.800 no mercado. Mas pelo esquema, segundo o denunciante, elas eram oferecidas por R$ 600 e até R$ 500. Só no Hospital Sarah Kubitschek, um dos mais renomados de Brasília, a SES estima que teriam sido vendidas 16 cadeiras para pessoas daquele estado e também para acreanos, amazonenses, paraenses e roraimenses.

O servidor denunciado foi afastado no dia 6 (1 dia após o esquema vir a público), pelo secretário de Saúde daquele Estado, Ricardo Murad. O secretário designou três servidores para ficar à frente de uma sindicância interna especial da SES. A investigação agora segue tentando recolher provas e verificar se havia mais pessoas envolvidas na suposta ‘máfia das cadeiras’.

A delegacia de polícia da 9ª regional de Brasília ouviu anteontem o cadeirante que fez a denúncia. O teor do depoimento é mantido sob sigilo. Foi ouvida pelo delegado do caso a funcionária de cargo comissionado do setor de Órtese e Prótese da SES, Jaqueline Maria Ribeiro. Ele é responsável pelos processos de requisição das cadeiras antes de elas serem despachadas para o almoxarifado do servidor acusado. Jaqueline contou que a SES havia, recentemente, adquirido 600 cadeiras de rodas para doar para deficientes e que estas poderiam ser as cadeiras utilizadas para alimentar a fraude da ‘máfia das cadeiras’. (Com informações do Jornal Pequeno)

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