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MPE e Sesacre se reúnem com moradores notificados por agentes de endemias

MPE-E-SAUDE---FA secretária estadual de Saúde, Suely Melo, e a promotora Meri Cristina do Amaral estiveram reunidas com 15 moradores, que foram notificados pelas equipes técnicas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Apesar das intimações, o encontro, que aconteceu na manhã de ontem, no auditório do Ministério Público Eleitoral (MPE), foi marcado pela cordialidade e esclarecimentos sobre os perigos da dengue.

Por não conseguir entrar nos domicílios infestados com as larvas do mosquito Aedes aegypti, a Sesacre, em parceria com o MPE, decidiu entrar na Justiça contra os moradores, casos eles resistam em não deixar os profissionais em saúde atuarem. “A gente está fazendo as ações básicas de controle e eliminação, juntamente com a educação e a conscientização, mas, se fosse necessário, vamos apelar para a questão legal”, alertou Suely Melo.

Terrenos baldios e fechados, cachorros soltos nas dependências da propriedade, mato e lixos acumulados, além de impedimentos dos próprios moradores figuram como as principais dificuldades das equipes de trabalho. “Quando eu estive no mutirão por duas semanas, pude comprovar os transtornos. A lei diz que ninguém pode colocar a vida dos outros em perigo. A dengue mata e não vamos ser negligentes”, declarou Suely Melo, afirmando que a doença está controlada, mas ainda existe o perigo de uma epidemia.

Com a chegada do período chuvoso, houve um aumento de mais de 100% no número de casas infestadas com as larvas do mosquito. Cerca de 80% desse ambiente são em domicílios, principalmente em caixas d´águas destampadas, enquanto os outros 20% dos focos se concentram em entulhos (copinhos, pneus, vasos de plantas, etc). 

A promotora Mary Cristina afirmou que a negativa de alguns moradores tipifica uma situação de crime. O direito fundamental à saúde, segundo ela, estaria sendo violado. “Não queremos acionar ninguém, mas não podemos colocar em perigo a saúde de outrem”, esclareceu. “Queremos uma sociedade consciente e parceira”, acrescentou. Rio Branco está entre as cinco capitais do Brasil onde pode ocorrer uma epidemia.

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