Por dois dias consecutivos (9 e10), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) se reuniu, na sede campestre da entidade, todos os membros dos 22 municípios. A categoria está definindo estratégias para a reformulação do Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR). Além de valorizar a formação profissional, as modificações vão corrigir distorções e garantir aumento salarial. O encontro foi prestigiado pelo secretário estadual de Educação, Daniel Zen.
“Nós somos uma categoria diferenciada. Temos repasses constitucionais e leis próprias. No PCCR, exigimos a readequação conforme a resolução nº 05/2010, que fixa as diretrizes para os planos de carreira e remuneração dos trabalhadores em educação, e a Lei 12.014/09 que discrimina as categorias de trabalhadores, que se devem considerar profissionais em educação”, argumentou o presidente da categoria, Manoel Lima, que ainda não aceitou a proposta de reformulação da Prefeitura de Rio Branco.
“Discordamos da forma de progressão e promoção, cuja tabela só vai se efetivar daqui a quatro anos, e que contempla somente aqueles que estão no início da carreira”, acrescentou a presidente da Central Única dos Trabalhadores, Rosana Nascimento. Ela disse, ainda, que a luta pela reformulação do PCCR é nacional e tem à frente das negociações a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
O encontro foi marcado por fortes debates a respeito da conjuntura política educacional e a política sindical no Brasil e no Acre. Na visão da direção do sindicato, a reformulação do PCCR representa um avanço. “Nosso foco central dentro do PCCR é criar um piso salarial para os educadores. Também queremos valorizar o profissional de acordo com a sua qualificação”, almeja a sindicalista.
Para os dirigentes sindicais, o ideal seria a implantação da base salarial para os professores de acordo com o Departamento Intersindical dos Estudos Sócio-econômicos e Estatísticos (Dieese), que deixaria o salário base do professor na faixa de R$ 2.077,00. “O Sinteac promete lutar para alcança esse objetivo. Como somos o maior sindicato, possuímos força política e mobilização para fazer valer suas reivindicações”, finalizou Rosana Nascimento.