A situação das estradas no Acre não é a ideal, mas em outros Estados às condições das rodovias também deixam muito a desejar. No vizinho Rondônia, empresas de transporte de cargas, sindicatos e cooperativas de caminhoneiros e transportadores ameaçam fazer protestos, inclusive com a ameaça de uma interdição na BR 364. Os atos fariam parte de uma ampla mobilização para pressio-nar o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) a fazer uma mega empreitada pra providenciar reparos emergenciais na BR 364.
Um fechamento da referida estrada em qualquer um de seus trechos em Rondônia traria muitos problemas para o Acre no sentido do isolamento por via terrestre (tais como o empate de via-gens até o Estado vizinho e gera desabastecimento de produtos).
A cobrança dos rondonienses se dá pelo maior desgaste das estradas daquele Estado, em decorrência do período de chuvas. O problema é agravado ainda mais pelos serviços de es-coamento que são indispensáveis para a safra de grãos na região Centro Oeste via Porto Velho/RO. Uma das situações mais críticas apontados pelos caminhoneiros foi no Km 145 entre Pimenta Bueno e Ji-Paraná. No local, eles reclamam da quantidade de buracos. Outro trecho foi perto da cidade de Arequimes, onde um grande buraco ameaça romper a pista.
O perigo nestes 2 trajetos é que estão servindo como ‘faíscas’ para ‘acender’ o movimento que ameaça fechar a BR. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Rondônia (Sindicar), Liemar Santos, disse que ofícios cobrando as reestruturações nos trechos da BR já foram enviados ao Dnit e à Polícia Rodoviária Federal (PRF/RO). Ele também falou sobre os inúmeros prejuízos das empresas e dos consumidores do Estado, uma vez que os danos nos carros estão obrigando as empresas a aumentarem seus fretes.
Representantes de cooperativas agrícolas de RO também alegam que os problemas nas estradas estão fazendo os carros de pequenos produtores quebrarem, o que acarreta em prejuízos às suas produções. Eles também alegam que o transporte das mercadorias é mais lento por conta das péssimas condições das estradas, o que faz com que alguns produtos estraguem antes de chegarem a seus destinos.