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Uma Embrapa diferente?

Judson Valentim, da Embrapa/AC, explica qual o diferencial da instituição

A Embrapa foi criada em 1973. De lá pra cá, coleciona sucessos e dissabores que transitam de acordo com o humor das prioridades de vários governos. É reconhecidamente a instituição que reúne seleto grupo de cientistas, rotineiramente cortejados por grandes empresas multinacionais ou universidades norte-americanas e europeias.

É justamente sob esse aspecto que, atualmente, a Embrapa vive um cenário de crise. Com orçamento contabilizado em R$ 2,1 bilhões, fica comprometida a eficiência e sustentabilidade de pesquisas em todo país.
Em reportagem publicada no jornal Valor Econômico na última quarta-feira, fica evidente que empresas como DuPont, Montsanto, Bayer já ultrapassaram não só a eficácia, mas também a eficiência das pesquisas desenvolvidas, comparadas à estatal.

Só para ficar em um exemplo, destacado em editorial veiculado na quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, “desde a regulamentação dos transgênicos no Brasil, em 2005, somente 2 das 32 das variedades liberadas para cultivo no país foram produzidas pelos pesquisadores da Embrapa”.

Nesse contexto, como fica a Embrapa no Acre? A instituição comemora 35 anos de atuação no Estado. O que se pode avaliar desse período de trabalho? Em uma conversa com o chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Judson Valentim, tem-se a exata resposta de um defensor quase intransigente da instituição. Aqui estão os principais trechos.

De que forma o trabalho da Embrapa/Acre se diferencia das demais unidades do país? Aqui, a demanda por transgênicos e por biotecnologia aplicada à lavoura pressiona pouco a instituição. Ou não?

Diferentemente de outras instituições de pesquisa que concentram suas atividades em campos experimentais próprios, as ações de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Acre são desenvolvidas predominantemente por meio de parcerias com comunidades indígenas, extrativistas, produtores familiares em projetos ribeirinhos e de projetos de assentamentos do Incra, além de propriedades privadas de médios e grandes produtores agropecuários e florestais. Com relação ao uso de transgênicos, há lei estadual que veda o cultivo, a manipulação, a importação, a industrialização e a comercialização desses produtos no Estado do Acre.

Trabalhar com seringueiro faz diferença para os resultados das pesquisas?
Eu estava conversando com um pesquisador esta semana e ele me relatou o seguinte. Ele pesquisa o problema de broca no cupuaçu. E aí ele foi a um produtor e observou que o produtor tinha desenvolvido uma técnica diferente. Quando se corta os galhos do cedro, sai uma resina. Ele pegava os galhos com aquela resina, botava no chão e aquilo atraia o besouro que causa a broca. E aí ele tirava os besouros e matava. Essa é a importância de estar próximo do produtor, do extrativista.

Além das questões orçamentárias, de que forma esse ambiente de crise chega até à Embrapa/AC?
Na realidade, a Embrapa está concluindo um processo de fortalecimento institucional que começou no governo Lula, o qual viabilizou o PAC da Embrapa e das demais instituições estaduais de pesquisa. Isto permitiu ampliar em mais de 1.200 o número de empregados da Embrapa e alocou recursos adicionais de um bilhão de reais para investimentos e custeio na Embrapa e nas Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (OEPAs) de todo o Brasil. Entre 2002 e 2012, o orçamento da Embrapa aumentou de pouco mais de 1,2 bilhão para 2,1 bilhões. Com isto foi possível criar novas Unidades da Embrapa nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. A Embrapa Acre aumentou em 20% o seu quadro de empregados, ampliou e modernizou sua infraestrutura de laboratórios e de administração. Foram contratados 11 novos pesquisadores com doutorado para o fortalecimento de equipes de pesquisa nas áreas florestal, tecnologia agroindustrial, culturas anuais, fruticultura e produção animal.

Que desafios o ano de 2012 traz para a Embrapa, em função das respostas práticas que devem ser dadas ao setor produtivo?
Nós temos uma série de ações de transferência de tecnologia, além das emendas parlamentares. O que é um problema, nós podemos transformar em uma oportunidade. A perda de lavoura para muitos ribeirinhos já teve. Mas, quando for recuperar, ao invés de fazer do jeito que fazia, vamos ter que mudar alguns procedimentos. Já está sendo discutida essa ação junto com Governos e prefeituras.

Seguro agrícola. O acesso ao seguro agrícola por parte dos ribeirinhos depende da formulação de um calendário…
Não. Isso é uma falha da divulgação. É uma informação errada. Em 2008, eu peguei a base de dados do Zoneamento Ecológico Econômico em São Paulo. A Embrapa fez todo o trabalho e passou para o Ministério da Agricultura. Desde 2009, o Acre já tem o Zoneamento de Risco Agrícola para várias culturas. O que precisa? Divulgar isso para os produtores e o produtor tem que seguir o que tem ali. Quem tem que fazer essa divulgação são os órgãos de governo. A nossa parte nós já fizemos que é incluir o Acre na política nacional de seguro agrícola.

Agora, outro aspecto que precisa ser revisto pelo Governo Federal diz respeito à regularização fundiária para ribeirinhos como condicionante ao acesso ao seguro agrícola. Qual ribeirinho que tem título definitivo da terra?
É preciso. Existe um programa chamado Terra Legal, mas esse programa está muito focado no Arco do Desmatamento que são aproximadamente 70 milhões de hectares que estão para ser regularizados. O problema do ribeirinho é que é necessário ver onde ele está exatamente. Porque se ele estiver em uma faixa de APP [Área de Proteção Permanente], pode-se titular a posse toda, mas de acordo com o novo código…
Há outras variáveis.
É preciso ver com calma esses detalhes. Se o ribeirinho plantar na praia, não tem problema porque a praia não é considerada APP por fazer parte do leito do rio. Mas, se for plantar na margem do rio, aí já complica. Na verdade, não há como o governo fazer uma política de apoio ali porque ele estaria coadunando com uma ilegalidade.

Esse projeto do governo de incentivar a produção de coco tem viabilidade?
A diversificação da produção é uma saída. A Embrapa está entrando naquilo que tem competência. Na área de frutas, o Acre tem frutas de excelente qualidade. Como o abacaxi, por exemplo. Neste ano, a ideia é comprar mudas dos produtores. Mas, já haverá uma biofábrica que o governo conseguiu com recursos do Fundo Amazôniaque a Embrapa já tem os protocolos e o governador deve inaugurar até julho.

Onde vai funcionar a biofábrica?
Vai funcionar dentro do Viveiro da Floresta. No primeiro momento, essa fábrica vai ser administrada pelo Estado, por meio da secretaria de Desenvolvimento Florestal, mas a ideia, depois, é passar para a iniciativa privada. No primeiro momento vão ser produzidas mudas de banana e abacaxi. Há condições de produção de seringueira e também de teka, nós já temos o protocolo na Embrapa. Já capacitamos o pessoal que vai trabalhar na fábrica.

Pecuária de leite. A nossa cadeia produtiva do leite precisa ser redimensionada.
Eu fui aceito para uma bolsa na Califórnia e, ano que vem, vou estudar para entender por que a pecuária de leite na Amazônia não está se intensificando. E tem gargalos que não são tecnológicos. Hoje, nós temos produtores de leite tirando dez mil reais brutos por mês em uma área de 100 hectares. Esse produtor vende leite para Rondônia. Em 2010, comercializamos para fora 1,6 milhão de litros de leite in natura. E importamos leite em caixinha.

Que inclusive causa atrito dentro do próprio governo.
O governo tem que ter sensibilidade para a lógica do produtor. Não adianta fechar a porteira para a saída do leite se você não tem um tratamento aqui dentro. O laticínio de lá está pagando um preço melhor e o dia que não vem pegar o leite ele fala: ‘Pode fazer o que quiser com o leite. Mas, ele já está pago’. E o que os laticínios daqui fazem? Tem dia que não vai. Não paga. Às vezes, diz que o leite está azedo, mas não devolve o leite e tira a gordura e beneficia. As relações entre os produtores e os laticínios nos dois estados são muito distintas.


Ceasa quer ultrapassar venda de 100 toneladas de pescado na Feira do Peixe

ITAAN ARRUDA

Feira do Peixe começa no próximo dia 2. Pescado deve ser vendido por R$ 6 o quilo

A Central de Abastecimento de Rio Branco quer comercializar mais de 100 toneladas de pescado na Feira do Peixe deste ano. O evento começa no próximo dia 2 e segue até o dia 6, com possibilidade de atrair mais de 100 mil pessoas.

O diretor-presidente da Ceasa, Paulo Sérgio Braña Muniz, assegura que há produtores que conseguem, em cinco dias, acumular renda que normalmente seria comercializada em um ano. “É o natal do pequeno agricultor”, assinala. “E este ano, a expectativa é que batamos o recorde de comercialização. E tenho histórico que comprova isso: em um dia de feira do ano passado superou todo o evento de 2010”.
A estimativa da direção da central de abastecimento é que circule na feira deste ano aproximadamente R$ 650 mil. O entusiasmo da equipe da Ceasa vem em boa hora. A alagação do início do ano gerou especulações, inclusive, em torno do preço do pescado na região.

Além disso, uma central de abastecimento com capacidade de comercializar 100 toneladas de peixe em cinco dias constrói uma nova pauta para o setor produtivo que pode influenciar até as regiões atingidas pela cheia dos rios.

“Há regiões que não foram afetadas”, garante o diretor técnico operacional da Ceasa Rio Branco, Rogério de Souza Campos. “Só uma cooperativa que comercializa aqui tem condições do nos fornecer setenta e oito mil e oitocentos quilos de peixe”.

A expectativa é que o pescado seja comercializado a R$ 6 o quilo nesta terceira edição do evento.

Além do pescado, outra aposta da direção da Ceasa tem relação direta com a comercialização de hortigranjeiros, com possibilidade de circulação de renda em torno de R$ 130 mil. Incluídos aí a comercialização de rapadura, mel de abelha, pé de moleque, cana de açúcar, farinha e tapioca.

Expectativa, este ano, é superar as vendas do ano passado, que já foram recorde

Esse ambiente de economia aquecida vinculada ao setor da pequena agricultura é algo importante para as nove cooperativas e associações que vão expor na Feira do Peixe 2012.

A Feira do Peixe e Agricultura Familiar é uma iniciativa da Prefeitura de Rio Branco que tem relação direta com o fortalecimento das ações de Economia Solidária na região.

A abertura do evento acontece no dia 2 de abril a partir das 3 horas da manhã, mas a solenidade com a presença do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim e do governador do Acre, Tião Viana deve acontecer às 8h30.

Embutido de peixe garante mais qualidade para a merenda escolar do Acre

RUTEMBERG CRISPIM

Um produto de rico valor nutritivo e inovador deve ser acrescentado à merenda escolar do Estado nos próximos meses. Trata-se do embutido de peixes, que será produzido na Unidade de Beneficiamento do Peixe do Bujari, com capacidade de produção de 10 toneladas por mês.

Com um investimento de R$ 540 mil, o empreendimento vai beneficiar diretamente 200 famílias que fazem parte da Cooperativa dos Criadores e Produtores do Bujari (Coopeixe).

Todo processo será feito com equipamentos modernos, com a participação dos produtores. O produto final é a carne de peixe sem espinhas e sem couro, que pode ser utilizada para a produção de diversas qualidades de alimentos.

A Unidade de Beneficiamento está em fase de conclusão. A expectativa do Governo do Estado é inaugurar já na primeira quinzena de abril. Toda parte de equipamentos já foi adquirida, faltando apenas os últimos detalhes da estrutura física. 

“Estamos na fase final para a conclusão das obras. Todos os equipamentos já foram comprados e faltam apenas detalhes na estrutura física que precisou ser adaptada”, explica o secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Edvaldo Magalhães.

Ele lembra que a carne de peixe tem um grande valor nutritivo e será fundamental para melhorar a qualidade da merenda escolar. Magalhães afirma que a produção de peixe no município será toda utilizada pela Unidade de Beneficiamento.

A notícia animou os produtores da região que fizeram novos investimentos e já sonham com o produto no mercado. Através da cooperativa, eles irão participar ativamente do negócio, melhorando a renda das famílias, pois toda produção será utilizada na Unidade de Beneficiamento.

O prefeito de Bujari, João Edvaldo Teles, o “Padeiro”, garante que a Prefeitura será parceira do negócio, fortalecendo toda cadeia produtiva e, inclusive, comprando parte da produção.
“Estamos numa parceria forte com o Governo do Estado e com a cooperativa, para melhorar a produção de peixes e oferecer um produto de qualidade para a merenda escolar e, porque não, para toda nossa população. É um empreendimento que transformará nossa economia”, garante.

Governo garante compra da produção

Se trabalhar com sua capacidade máxima, a Unidade de Beneficiamento do Peixe produzirá mensalmente 10 toneladas de embutidos. A boa notícia para os produtores da região é que o Governo do Estado vai comprar a produção para a merenda escolar, garantindo, assim, o sucesso do empreendimento.

Isso significa que, antes mesmo de começar a funcionar, o empreendimento já tem um cliente certo para seu produto. A expectativa é que em poucos meses o embutido seja comercializado no mercado local.
O produto chama atenção de comerciantes, pois o embutido pode se transformar em vários subprodutos como hambúrguer, bolinhos, entre outros. Isso significa um lucro maior para a cooperativa e, consequentemente, para as famílias que trabalham com a criação de peixes.


 ZPE pode ser alfandegada nesta semana

ITAAN ARRUDA

O superintendente da 2ª Região Fiscal da Receita Federal, Esdras Esnarriaga Júnior, tem até o dia 15 de abril para emitir parecer a respeito da Zona de Processamento de Exportação do Acre. Tecnicamente, o prazo é esse. Mas, a expectativa por parte do Governo do Acre é que o documento que formaliza o alfandegamento saia ainda nesta semana.

Superintendente da Receita Federal, Esdras Esnarriaga, tem até o dia 15 para emitir parecer sobre a ZPE acreana

Nessa reta final, o governo optou pela discrição em relação ao assunto. O receio de melindrar autoridades e empresários exige uma postura de quase silêncio sobre o assunto. Situação que já demonstra grande ansiedade em torno do projeto de maior impacto econômico do Acre nos últimos anos.

As articulações políticas em torno do tema “ZPE” são conduzidas pessoalmente pelo próprio governador Tião Viana. Um exemplo foi o que ocorreu na última quarta-feira quando aconteceu a reunião com parte da diretoria da empresa Jonhson&Jonhson.

A missão acreana a São Paulo foi liderada pelo governador. Nem a Agência de Notícias do Acre, que acompanha toda agenda do governador, tratou sobre o assunto durante a semana.

Atualmente, a Federação das Indústrias do Acre, por meio do Serviço Nacional da Indústria, trabalha na finalização de sete planos de negócios de empresas que pretendem se instalar na Zona de Processamento de Exportação do Acre.

São empresas que atuam na confecção de colchões, produção de cosméticos, transformadores deenergia elétrica, beneficiamento de polpas de frutas, material de reciclagem e engarrafamento de água mineral.

Ossetoresde atuação das empresas já dão dimensão do perfil da ZPE acreana. Beneficiamento de polpa de frutas provavelmente deve ser feito pela maior cooperativa do Acre, a Cooperacre. A polpa de fruta tem aceitação garantida tanto internamente quanto no exterior.

Além disso, a Cooperacre guarda relação simbólica forte já que, na ZPE,o empreendimento passa a ser o representante do movimento cooperativista em um ambiente estritamente empresarial.

O engarrafamento de água também é outro setor promissor com foco prioritário na comercialização com cidades do interior do Peru. Entre Rio Branco e Lima há dezenas de pequenas cidades com demanda reprimida e que pode ser atendida pela empresa instalada na ZPE.

A empresa do setor de cosméticos está com um dos planos de negócios mais adiantados e tem evidente apelo comercial. Embalada por linhas similares já em atuação no mercado brasileiro, a empresa acreana pode conquistar um seleto grupo de consumidores, além-pacífico agregando a marca “Amazônia”.

Após concluídos, os planos de negócios seguem para a administradora da ZPE que recomenda os empreendimentos para o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


 Turismo acreano gera expectativas de grandes negócios

VICTOR AUGUSTO

Durante três dias, Rio Branco foi sede para discussões turísticas, empresariais e propostas de grandes negócios. Por intermédio da Secretaria Estadual de Turismo e Lazer, uma comitiva peruana esteve no Estado com objetivo de discutir negócios com representantes brasileiros dos setores turístico, comercial, gastronômico e de formação profissional.

Encontro reuniu empresários e representantes dos governos do Acre e do Peru

“Com apoio da Embratur, poderemos criar uma grande publicidade para divulgar uma rota turística, iniciando em São Paulo até Lima. Estamos trabalhando junto à Receita Federal para viabilizar as migrações de produtos e, junto à Polícia Federal, para facilitar a migração de pessoas. Por meio dos três estados, Acre, Rondônia e Mato Grosso, estaremos buscando apoio do país para essa integração”, explicou a secretária estadual de Turismo e Lazer, Ilmara Rodrigues.

Um dos pontos em destaque nas discussões foi o setor hoteleiro, no qual já existe uma proposta de capacitação dos profissionais, desde os serviços gerais à gerência.

“A vinda dos vizinhos peruanos é de muito valor para todos os setores empresariais. Com o incentivo do Estado e participação do setor privado, certamente será mais fácil. Quando falamos em capacitação profissional, as pessoas imaginam trabalhar focadas somente na sua área de atuação. Com a qualificação da moça que serve o café até os donos de hotéis, teremos pessoas falando outros idiomas, o que gera enriquecimento cultural e crescimento pessoal”, afirmou o empresário do Grupo Irmãos Pinheiro, George Pinheiro.

O interesse não é apenas do lado brasileiro. A troca de experiências permitirá que o lado peruano também tenha acesso a áreas até então desconhecidas ou pouco exploradas.

“Estamos retribuindo a visita que o Brasil nos fez através da Setul, em 2009. Confesso que estamos surpresos com a quantidade de propostas apresentadas no encontro. Deveríamos ter vindo há mais tempo. Diversos pontos nos chamaram atenção, entre eles a ZPE, com a qual já estamos em negociação, e a área cultural, especialmente pelo Festival Pachamama”, destacou o gerente de desenvolvimento econômico do governo regional de Cusco, José Arizabal.

Segundo Elson Espinoza, cônsul honorário no Brasil, no que depender da intervenção do governo vizinho, o Pachamama terá um momento dedicado na programação cultural peruana.

“Quem poderia imaginar que o turismo iria despertar tantos focos de empreendimentos e negócios? Estamos fascinados pela forma como o Acre tem apresentado o turismo e a força de vontade dos estados que participaram do nosso encontro. Nossa produção cinematográfica não é de grande volume, mas, ao conhecer um pouco do projeto, estamos prontos para voltar ao nosso país e motivar a iniciativa privada e poder publico para que invistam mais no setor. Durante as festividades culturais do Peru, queremos o Pachamama como foco a se destacar”, concluiu Espinoza.


 Empresa desenvolve vermífugo que anula “período de carência” para carne e leite

ITAAN ARRUDA*

A Merial Saúde Animal acaba de lançar no mercado o Eprinex, medicamento que atua no controle das principais verminoses dos bovinos que agem no sistema gastrointestinal e pulmonar. O produto também mostrou eficácia no combate aos parasitas externos.

Forma de aplicação do medicamento não estressa animal e contribui para melhorar qualidade

A novidade que deve movimentar o mercado da pecuária é justamente o fato do novo medicamento permitir a aplicação no pré-abate, um momento delicado que, nos vermífugos convencionais, pode deixar resíduos no leite e na carne.

“Com o princípio ativo do medicamento, o controle de parasitas no gado de corte no período pré-abate deixou de ser uma preocupação ao pecuarista, que pode fazer o manejo de vermifugação atendendo as regras da instrução normativa 48 com total segurança e produzir alimento de alta qualidade”, explica o gerente de produtos da Merial, PauloColla. O medicamento já é comercializado no mercado norte-americano.

A instrução normativa Nº 48 do Ministério da Agricultura trata do uso de vermífugos que tenham princípios ativos específicos cujo período de carência ou de retirada descrito na rotulagem seja maior do que vinte e oito dias. O Eprinex tem período de carência de zero dias.

A Merial garante também que a forma de aplicação do vermífugo evita o stress animal, o que sempre melhora a qualidade final da carne ou do leite a serem consumidos.

A informação chega no momento em que o Acre registra comercialização de 87 mil toneladas de carne bovina em 2010. É um dos maiores volumes dos últimos anos.

Sobre a Merial
Merial é uma empresa do grupo Sanofi, líder mundial em saúde animal voltada para a inovação, fornecendo uma gama completa de produtos para melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho de várias espécies de animais. A Merial emprega aproximadamente 5.600 pessoas e opera em mais de 150 países ao redor do mundo. Seu faturamento em 2010 ultrapassou US$ 2,6 bilhões.

*Com informações da assessoria da Merial Saúde Animal

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