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Instrutor da SWAT ministra palestra em Rio Branco

O Centro Avançado em Táticas de Imobilizações (CATI/AC) trouxe a Rio Branco Marcos do Val, presidente do CATI e instrutor da Special Weapons And Tactics (SWAT), dos Estados Unidos. Marcos ministrou uma palestra destinada aos profissionais da área de Segurança Pública e Privada.

De acordo com o instrutor, a palestra teve o objetivo de mostrar as diferenças entre segurança da polícia brasileira e da unidade de polícia altamente especializada dos Estados Unidos. “A SWAT é considerada a polícia do 1º mundo. Falei sobre a tendência de segurança no Brasil. Nos EUA, eles atingiram o nível de excelência, qualidade e aceitação da sociedade. Como trabalho em muitos países europeus, tenho um parâmetro do que tem que ser melhorado na polícia brasileira”, afirmou Marcos.

O CATI também desenvolve treinamentos aos policiais. “Aplicamos também treinamentos práticos. Os policiais buscam o CATI para se aperfeiçoar em operações de alto risco. O trabalho que a gente faz é uma especialização. É uma técnica dentro dos direitos humanos. Não causa nenhuma lesão corporal. Não faz a pessoa perder a vida. É sem violência”, disse o instrutor.

Kiuly Daniel, diretor operacional do CATI/AC, explicou que o centro quer especializar mais policiais. “A nossa ideologia é realizar mais seis cursos durante 2012. Queremos ajudar a melhorar a Segurança Pública do nosso Estado, combater a violência e agregar conhecimentos”.

Quem é Marcos do Val?
Marcos do Val é fundador e instrutor-chefe do CATI. “Em 1999, presenciei uma cena em que um policial tentou imobilizar um rapaz e não conseguiu. Então, ele usou a força letal, aplicou um tiro e o rapaz morreu. Essa foi a primeira vez que eu vi alguém matando e morrendo. Dentro deste cenário, comecei a criar técnicas específicas do trabalho policial”.

O instrutor iniciou a carreira na Polícia Civil. “Fui trabalhar na academia policial do Espírito Santo, ministrei cursos e durante este período a técnica que eu tinha criado foi tão inovadora no meio de treinamento policial que acabei recebendo o convite para dar aula para a SWAT nos Estados Unidos, em 2000. Ao chegar lá, metade da equipe que iria participar do curso saiu da sala ao saber que eu era brasileiro. Eles questionavam que não tinham nada a aprender com alguém que fazia parte da segurança do 3º mundo. Ao descobrirem que as técnicas ensinadas eram muito importantes para o trabalho deles, me pediram desculpas e participaram do curso. Oficialmente, fui convidado para ser instrutor da SWAT e há 12 anos ministro curso nos Estados Unidos”.

Marcos já ministrou cursos em vários lugares do mundo. “Recebi o convite de dar aula para a segurança do Papa no Vaticano, para a equipe de operações especiais da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço), que estava fazendo um trabalho anti-terrorismo. Faço treinamento em vários países”.

Hoje o CATI é a primeira e única empresa de treinamento policial. “Comecei a conhecer outros policiais e instrutores com habilidades específicas nas suas áreas (alto risco, resgate de reféns) e começamos a agregar à nossa instituição de treinamento estes profissionais. Hoje, somos 36 instrutores, dentre eles brasileiros e americanos da SWAT, dando aula para policiais do mundo inteiro”, finalizou Marcos.

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A Gazeta do Acre: