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Mais de 22% das crianças do Acre estão com sobrepeso, aponta Ministério da Saúde

O combate a fome e a miséria infantil tem sido uma das maiores preocupações do poder público ao longo dos anos. No entanto, uma nova demanda de problemas nutricionais na infância e adolescência tem surgido nos últimos tempos: a obesidade. Em todo o país, o número de crianças com sobrepeso tem crescido a níveis desproporcionais. E no Acre, um levantamento do Ministério da Saúde (MS) constata que tal problema existe. E é grave.

De acordo com o estudo elaborado pelo MS, com base na coleta de dados realizada nesta semana com alunos da rede pública de Ensino Fundamental, o Acre tem um percentual de 22,2% das suas crianças entre 5 a 10 anos de idade sofrendo de obesidade. Em outras palavras, das cerca de 75 mil crianças que residem no Estado, pouco mais de 16,7 mil são obesas.   

Os números do Acre não são tão alarmantes se comparados a outras regiões do país. Porém, também não é uma conjuntura que se possa se classificar como ‘perto da ideal’. Trata-se do 2º maior percentual de obesidade infantil do Norte (região que concentra os menores índices de obesidade infantil do país). Apenas Roraima, com 22,4% tem um percentual de crianças com sobrepeso superior ao do Acre. Depois destes 2 estados, o ranking regional segue com Rondônia (20,4%), Tocantins (20,2%), Pará (19,2%) e Amapá (18,5%).

Em todo o país, o estudo do ministério aponta, preliminarmente, que 30% das crianças na referida faixa etária (isto é, 1 em cada 3) apresentam na balança números acima dos normais. Como a relação do Acre é de 1 criança com sobrepeso em cada 5, então significa afirmar que o Estado ainda está relativamente distante do cenário nacional (8,8 pontos percentuais abaixo). Mas, para continuar nesta situação, serão necessárias ações preventivas contra a obesidade.

O estudo analítico sobre a situação nutricional infanto-juvenil do Ministério da Saúde irá ser executado nas escolas de todo o país até sexta-feira (9). Nele, profissionais de saúde familiar recolherão os dados e fazer a avaliação nutricional de mais de 5 milhões de alunos da rede pública. Os que apresentarem um quadro grave de sobrepeso serão encaminhados a unidades de saúde próximas a suas escolas, para consulta e tratamento com dietas especiais.

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