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Mega operação de limpeza já começou

LimpezaO comitê coordenador da operação de limpeza e reconstrução das áreas afetadas pela cheia do Rio Acre em Rio Branco reuniu-se ontem, 29, para ampliar o planejamento da ´operação de guerra´ deflagrada para limpar essas regiões no mais curto espaço de tempo possível. Essa operação, anunciada na última segunda pelo prefeito Raimundo Angelim, está mobilizando  500 homens e 280 máquinas e equipamentos  para, inicialmente, atender  bairros que sofreram refluxo dos igarapés, como os  da Baixada da Sobral.

Assim sendo, trinta equipes já estão em todas as re-gionais da Capital se mobilizando para a operação. Na manhã de quarta-feira já eram visíveis os sinais de recuperação de bairros como Glória, na Baixada da Sobral, Palheiral, Habitasa e Baixada da Habitasa – e onde a água vai baixando e possibilitando a ação das equipes os trabalhos vão se intensificando.

As ações estão sendo coor-denadas pelo prefeito Angelim  e  pelo diretor-presidente do Deracre e coordenador do  Comitê do Programa Ruas do Povo, Marcus Alexandre,  em parceria com várias instituições. A observação que se faz é que depois da limpeza começa um outro trabalho, que é a recuperação das vias e espaços públicos.

Depois da limpeza começam os trabalhos de recuperação de unidades de saúde, escolas e sedes de organismos públicos  localizados nos bairros alagados. Paralelamente a isso, haverá recuperação de pontes, calçadas e demais espaços afetados.

Coordenador do Ruas do Povo pede paciência porque todos serão atendidos
O volume de água no Rio Acre diminuiu nas últimas horas mas a Defesa Civil pede cautela: no histórico da cheia de 1997 – já superada pela de 2012 – ocorreram outros picos de alagação quando se avaliava que as águas fossem vazar. A Defesa Civil já alertou para a possibilidade de desmoronamentos, conforme aconteceu em Brasileia e Assis Brasil. Ontem (29) o prefeito Angelim criou um grupo especial para avaliar regiões que correm esse risco. “O momento é de paciência de parte dos moradores. Os serviços vão chegar às ruas de todos os bairros atingidos”, disse Marcus Alexandre,  que atua como vice-coordenador.

A megaoperação foi planejada por membros do Governo do Estado e da Prefeitura de Rio Branco com participação de oficiais do Exército Brasileiro. A reunião de quarta contou com as presenças de dois oficiais (capitão Lucídio e capitão Kosciureski) do 4º BIS e 7º BEC, que participam das ações  com homens e máquinas.

O Exército deverá ajudar na limpeza do bairro do Taquari conjunto com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Acre. (Ascom PMRB)

Defesa Civil teme mais chuva e cheia de afluentes do Rio Acre
O nível do Rio Acre diminuiu para 15,94 metros em Rio Branco. As informações são do cel. Josias de Oliveira, coordenador da Defesa Civil no Acre. Ele teme que, apesar da diminuição do nível do rio, as chuvas que continuam e a cheia em afluentes, como o Rio Purus, tornem a elevar o volume de água do Rio Acre.

Segundo Oliveira, as cidades de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, começam a voltar à normalidade e, com a baixa do rio, a Defesa Civil inicia trabalho de limpeza das áreas atingidas.
A preocupação maior é com a Capital Rio Branco e com as cidades de Porto Acre e Sena Madureira. Oito em cada dez pessoas afetadas com a cheia do Rio Acre moram nesses municípios (mais de 109 mil pessoas até ontem, segundo o Ministério da Integração Nacional).

Em todo Acre, 143 mil pessoas foram atingidas até ontem; 8,2 mil foram deslocadas para abrigos públicos do Estado ou dos municípios e 105,6 haviam deixado suas casas.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Acre abriu uma conta-corrente no Banco do Brasil para receber doações. O número da agência da conta OAB Solidária é 3550-5 e o número da conta é 7924-3.
Conforme o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), “a chuva ocorrida sobre o Norte do Brasil nesta época do ano é provocada principalmente pela combinação da elevada temperatura e o alto teor de umidade do ar”. Em 27 dias, a chuva acumula 355 milímetros (mm), 25% a mais do que média climatológica para o mês de fevereiro, de 284,8 mm. (Agência Brasil)

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