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Prevenção evita que distúrbios oculares evoluam para cegueira

A perda da visão é uma das causas mais incapacitantes para o ser humano. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, estima-se que exista aproximadamente  4 milhões de pessoas com deficiência visual e cerca de 1,5 milhões de cegos. Os distúrbios oculares tendem a aumentar com o avanço da idade.

As taxas de cegueira em pessoas acima de 80 anos são de 15 a 30 vezes maiores do que entre as pessoas de 40 a 50 anos. De acordo com o Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e consultor do Instituto Varilux da Visão, Dr. Marcus Sáfady, os idosos precisam ficar atentos. “Eles são os mais afetados por problemas visuais, pois suas estruturas oculares sofreram numerosos danos com o passar dos anos. Logo, é de suma importância a realização de exames oftalmológicos frequentemente”, afirma.  

Sáfady alerta ainda para três patologias que podem levar à cegueira em pessoas acima dos 60 anos: a catarata, o glaucoma e a retinopatia diabética. “A catarata é a opacidade do cristalino.

Com o tempo ele vai ficando menos transparente e a visão começa a ficar mais difícil. Este quadro pode piorar até que fique impossível enxergar sendo inevitável a cirurgia. Já o glaucoma provoca lesão no nervo ótico e pode levar à cegueira irreversível se não detectado a tempo. E a retinopatia diabética, que é mais comum em pessoas que têm o diabetes há mais de 20 anos, é caracterizada pela alteração dos vasos sanguíneos ocasionando má circulação na retina, que pode  resultar em queda de visão gradual seguidos, muitas vezes, por queda de visão abrupta”, explica.

Sáfady ressalta ainda que é importante que a disponibilidade de serviços especializados em atendimento aos idosos aumente na mesma proporção do crescimento desta população. A assistência a este tipo de paciente requer hospitais especializados, além de equipes multidisciplinares, capazes de atendê-los e orientá-los de uma forma global. “Uma vez assistidos e tratados em suas patologias, as consequências dos distúrbios oculares no idoso serão bem menores, evitando sua incapacitação e proporcionando uma melhor qualidade de vida”, conclui. (Assessoria)

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