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Cocaína que passa pelo Acre chega a custar 100 mil dólares o Kg, na Àsia

É comum ler a notícia da apreensão de quilos e mais quilos de cocaína e outras drogas nas páginas policiais. Entretanto, o que muitas pessoas não imaginam é o valor que este entorpecente pode ter. De acordo com estimativas da Polícia Federal, a droga que é produzida na Bolívia e que tem no Acre e Amazonas as suas 2 principais portas de entrada no Brasil, chega a custar milhares de dólares no mercado internacional. No Japão e em outras partes da Ásia (quando ela vai tão longe), a PF estima que ela chegue a custar até 100 mil dólares o quilo.
ROTA-COCAINA
Com níveis diferentes de combate e fiscalização entre os estados brasileiros, a droga cada vez mais tem encontrado resistência para sair de seus de seus produtores até chegar ao seu destino final. Mas os traficantes também têm ‘investido’ em novas formas de driblar a fiscalização da Polícia Federal. Fato que tem agregado ainda mais valor ao produto no exterior.

Nas fronteiras da Região Norte (e vizinhas), o maior desafio da Polícia Federal (e outras forças policiais que atuam no combate ao tráfico) é estender seu controle e monitoramento aos mais de 15,7 mil Km de fronteira que separam o Brasil do Peru, Bolívia e Paraguai, entre outros. A maior demanda se concentra no quantitativo de efetivos para fazer este controle, mas também faltam ferramentas e estruturas sólidas nos postos de fiscalização para reprimir tal crime. Outro ponto que deixa muito a desejar no Acre e em todos os demais estados do país por onde passa a ‘droga milionária’ é a falta de serviços de inteligência.   

Rotas – A cocaína e a maconha têm uma rota principal cada para sair de seus países de origem, passar pelo Brasil e seguir para o abastecimento do mercado de drogas do exterior.  

A cocaína tem três principais ‘polos’ produtores no continente sul-americano. Trata-se dos vizinhos acreanos Bolívia e Peru e, principalmente, a Colômbia. Já pronta, a droga é traficada pelo Brasil até a Europa. Ela entra no país usando o Acre e o Amazonas, também com ampla circulação em Rondônia. Da região Norte a droga segue seu caminho até os portos litorâneos do Nordeste, em especial no Estado do Ceará. De lá, a droga segue para a Europa e de lá toma várias rotas para chegar, especialmente, na Ásia, onde ela vale mais.

O principal meio de transporte utilizado para o tráfico da cocaína são aviões de pequeno porte, mas também há adesões de barcos, navios e cargueiros (cheios de containeres da droga) que seguem do Nordeste até os grandes países europeus.

Já a maconha tem percursos que tem se alterado bastante nos últimos anos, em tentativas de driblar a fiscalização da PF (que se fortaleceu bastante com o chamado ‘Polígono da Maconha’). A rota hoje mais utilizada, acredita a Polícia Federal, mais paralelas à realidade acreana. Ela tem início no Paraguai, com a sua produção, e tem como maior rota de passagem no Brasil o estado de São Paulo. De lá, a maconha é distribuída para o restante do mundo, mas não tem tanta valorização quanto à cocaína. (Com informações do site Jangadeiro Online)

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