Duas mães foram ao Pronto Socorro de Rio Branco na última terça-feira, 6, em busca de atendimento médico para os filhos quando a pediatra Maria Deucídia, que estaria no plantão, teria se desentendido com as mulheres. A médica teria começado uma discussão com ameaça de agressão física. O caso foi parar na delegacia de polícia.
De acordo com informações, a confusão começou quando a mãe de uma criança, vindo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, informou à médica Maria Deucídia que o filho era alérgico a ao medicamento receitado pela pediatra. No caso, Dipirona.
Segundo a mãe da criança, ao informar a alergia do filho ao remédio, a médica teria ignorado a informação, afirmando que o medicamento receitado era aquele e que não havia outro. Maria Deucidia surpreendentemente passou a agredir verbal e fisicamente a mãe da criança.
“Saí do consultório e fui à farmácia, onde perguntei à enfermeira se não existia outro medicamento que substitui a Dipirona, explicando a alergia do meu filho. Ela afirmou que sim, mas que só poderia aplicar outra medicação com prescrição médica, relatou a mãe. Segundo a mulher, após sair da farmácia ela voltou à sala da médica e perguntou se a pediatra queria que o filho dela morresse. E a médica teria respondido: “Que morra! Não tenho nada com isso”.
Testemunhas afirmaram que outra mãe comunicou à médica que o filho já teria sido medicado na UPA e perguntou se outra dose de remédio não traria consequências para o filho. De novo, a médica descontrolada teria dado uma resposta agressiva à mãe, que pediu que ela a respeitasse, pois era contribuinte e que pagava o salário da profissional. A médica teria dito: “você não tem dinheiro para comprar remédio para o filho, vai ter dinheiro para pagar o meu salário”.
A confusão aumentou quando uma mãe com filho no colo jogou uma bolsa na direção da médica, que revidou lançando um grampeador com a mulher e vários outros materiais que estavam sobre a mesa. A segurança foi chamada e o caso foi parar na delegacia de polícia.
Funcionários do Pronto Socorro confirmam a agressão da médica
Após a confusão, a diretora geral do Pronto Socorro, Helyadia Prudência, ouviu vários funcionários que presenciaram as agressões verbais e físicas da médica contra as mães.
Helyadia Prudêncio lamentou a postura da profissional de saúde e reafirmou que nem a direção do PS, nem a Secretária de Saúde e tampouco o Governo do Estado compactuam com atitudes dessas. “O maior pedido do governador Tião Viana é que os profissionais de saúde humanizem o atendimento. Infelizmente, a médica em questão não seguiu as orientações e vai ter de arcar com as consequências. Já comuniquei o ocorrido à Secretária Estadual de Saúde e enviei documento desvinculando a médica do Pronto Socorro. Ou seja, a devolvi para a Sesacre”, declarou a diretora.
A Secretária de Saúde, Suely Melo, ao saber do caso, determinou a abertura de processo aministrativo para apurar o ocorrido e requisitou o afastamento imediato da médica.
