O discurso da vereadora Ariane Cadaxo (PC do B), foi um dos destaques da sessão solene realizada hoje na Câmara de Rio Branco, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A parlamentar se emocionou ao falar da determinação da colega de parlamento da legislatura passada, Maria Antônia, que realiza um delicado tratamento de saúde. Ariane falou ainda da importância da mulher na política e na vida ativa da sociedade.
A vereadora fez ainda uma exposição de dados que comprovam a participação da mulher na rotina de trabalho do país. “Esse ano comemoramos 80 anos da conquista do voto feminino. Tivemos algumas conquistas avanços nessas oito décadas, como a eleição da Presidente Dilma Roussef ao cargo máximo da Nação. Mas ainda temos muito a avançar”, declarou, ao se referir ao fato de a maioria das vagas na Câmara Federal e Senado, ser ocupada por homens.
“Ainda somos minoria no parlamento: das 513 vagas na Câmara apenas 46 são ocupadas por mulheres. Na Assembléia Legislativa de nosso Estado, dos 24 parlamentares somente 4 são mulheres e, nesta Casa, há somente uma representante feminina, que sou eu. Somos 52% da população brasileira, mas não estamos representadas na mesma proporção. Nossa baixa representação repercute nas políticas de saúde, educação, trabalho, inclusão e políticas públicas de enfrentamento da violência praticada contra a mulher”, enfatizou.
Ariane Cadaxo apresentou números de pesquisa sobre violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto Avon/Ipsos em 2011 que revelam: seis em cada dez brasileiros conhece uma mulher vitima de violência doméstica. “O machismo e o alcoolismo são apontados como os fatores que mais contribuem para essa violência. 27% das mulheres entrevistadas nessa pesquisa declararam já ter sido vitimas de violência doméstica, 62% sofrem violência psicológica, ou seja, agressões verbais, humilhação, falta de respeito, ciúmes e ameaças”, acentuou.
A parlamentar destacou o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado que Ministério Público pode denunciar o agressor nos casos de violência contra a mulher mesmo que ela mesma não apresente queixa. “Ou seja, assim como os crimes contra crianças e adolescentes, o Estado passa a ter também o direito de denunciar as agressões. Não é novidade para ninguém a minha luta incansável pelo amplo e irrestrito respeito aos direitos das mulheres. Algumas sessões solenes, discursos, protestos, emoções, projetos de lei, brigas e falas são testemunhas de meu esforço por uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos, homens e mulheres, possam viver com respeito, justiça e harmonia”, frisou.
No final do discurso, Ariane Cadaxo dedicou a sessão às mulheres desabrigadas pela enchente do Rio Acre – muitas delas sozinhas, com filhos pequenos, com poucos ou nenhum parente para ajudá-las. “Essas,contam somente com a ajuda do poder público, com nossa solidariedade, e a força e a misericórdia de Deus. Espero que todos os dias sejam reconhecidos como nosso dia e (Dia da Mulher), se não forem, que nós mesmas possamos tornar todos os nossos dias como o mais bonito, o mais importante e o mais especial”. (Assessoria)
