X

Audiência de instrução segue com esclarecimentos de legistas e peritos sobre laudo da vítima

A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco realizou hoje, 10, a continuação da audiência de instrução criminal do ‘Caso Olizângela’. Olizângela da Silva Lopes, de 17 anos, desapareceu no dia 23 de julho de 2010, quando estaria na companhia do namorado Jaisson Bezerra. Ela foi encontrada morta em uma chácara localizada no Ramal Ribeirágua, na Estrada do Amapá, no dia 10 de agosto do ano retrasado.

Durante a audiência, foram ouvidos os médicos legistas e os peritos criminais. Eles esclareceram o laudo realizado na vítima e no namorado, Jaisson Bezerra.
De acordo com Armisson Lee, advogado da família de Olizângela, Jaisson não compareceu às audiências. “Esperamos que o Jaisson venha depor, pois ele é a principal testemunha, para ele mostrar a verdade dos fatos. Ele não está sendo acusado em momento algum. Ele está em Cruzeiro do Sul. Os peritos falaram sobre o laudo, mostrando de que forma ocorreu o crime”.

O defensor público Martiniano Siqueira informou que Iranilson Nascimento dos Santos, acusado, pode ser inocente. “Nos laudos constam que a pancada que Jaisson sofreu não era suficiente para ele desmaiar. O Ministério Público pediu que essa dúvida seja esclarecida. A defesa já tem entendimento que isso é suficiente para desmentir a versão do namorado da Olizângela. As provas colhidas até hoje não o isentam de ter sido o autor do crime. A decisão de excluí-lo da denúncia foi precipitada. Acreditamos que ele deverá vir a compor a ação”.

Iralsino Bispo dos Santos, pai de Iranilson, afirmou que o filho não é culpado pela morte de Olizângela. “Meu filho estava em casa no dia do crime. O Jaisson chegou pedindo ajuda, mas não me deixou ligar para polícia. Foi muito estranha à reação dele. E ele não tinha vestígio algum de uma pessoa que havia apanhado”.

Maria de Souza, mãe da vítima, pediu respostas e não quer que alguém seja acusado injustamente. “Eu não sei por que ele está se escondendo. Só quero a verdade.

Não quero nenhum inocente atrás das grades. Ninguém aqui vai fazer nada com ele. Estou sofrendo. Até hoje não tive respostas sobre a morte da minha filha. Quero saber a causa, quem é o culpado, meu coração não descansa enquanto eu não souber da verdade”, disse Maria.

Categories: Geral
A Gazeta do Acre: