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Engenheiros entram em greve por tempo indeterminado

 O movimento de greve do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Acre (Senge/Ac) iniciou na última segunda-feira (23). Trabalhadores da classe se reuniram no Senadinho, aguardando respostas para as reivindicações. Engenheiros, zootecnistas, geógrafos, tecnólogos, veterinários, arquietos e geólogos estão participando da paralisação.

 Segundo Tião Fonseca, presidente do sindicato, a categoria quer apenas que a Lei Cartaxo seja cumprida. “Em 2008 pactuamos com o governo do Estado a Lei Cartaxo, estabelecendo o nosso piso salarial. Quatro anos após, o salário foi defasado por conta do aumento do salário mínimo. Queremos apenas que seja cumprida a lei. O governo tem nos recebido com indiferença, tentamos negociar, mas não conseguimos. Protocolamos a nossa proposta, que contém 11 itens. Uma delas é o fim da terceirização, pois os funcionários terceirizados ganham o piso salarial que está na lei e os da carreira (concursados) não ganham. Isso é uma injustiça. Nosso movimento é um basta. O governo precisa entender que a classe só quer o que foi pactuado na lei, que seja cumprindo o que foi acordado”.

 Tião informou que apenas 30% da categoria está trabalhando. “Vamos entrar com uma denúncia no Ministério Público Federal para a paralisação das obras do Estado. Sem fiscalização, as obras não podem continuar, não vamos mais nos responsabilizar por nada. Não estamos brincando. A greve será por tempo indeterminado, só iremos voltar quando for cumprido o que foi pactuado. Apenas 30% dos trabalhadores estão trabalhando”.

 O engenheiro civil Carlos Henrique afirmou que a classe é essencial para o desenvolvimento do Estado. “Desde janeiro 2009 o governo não realizou a adequação da lei em relação ao salário mínimo. Estamos com uma perda de 4 anos. Não entendemos porque o Estado não cumpre a lei, já que contribuímos muito para o desenvolvimento”.

 Com a greve, muitas obras também irão paralisar, informou o tecnólogo Dixon Gomes. “A tendência é paralisar as obras, pois para a garantia de um serviço de qualidade, é necessário que seja fiscalizado. Independente da condição que não foi dada desde 2008, os trabalhos se mantiveram, teve continuidade. Esperamos apenas o reconhecimento do governo, que necessita dos nossos serviços. É uma forma de valorizar a nossa classe”.

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