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Ex gerente do Basa em Sena é acusado de desviar R$ 3 milhões do Pronaf e está foragido

 
O ex gerente do Basa e ex candidato a prefeito de Sena Madureira, Carlos Roberto de Oliveira, o ‘Carlos do Basa’, está foragido da Justiça do Amazonas. Ele é acusado de participação em um esquema que desviou R$ 3 milhões do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em Maués/AM (onde Carlos também foi gerente do Banco da Amazônia). O dinheiro seria utilizado para atender os agricultores do cultivo de Guaraná do município.]

 O cumprimento aos mandados de prisão de ‘Carlos do Basa’ e de mais 4 pessoas foram decretadas na Operação ‘Antracnose’ (nome dado à praga que devasta plantações de guaraná), deflagrada pela Polícia Civil de Maués/AM na manhã da sexta-feira passada (30 de março).

 Os policiais conseguiram capturar o ex gerente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Raimundo Mendes Leal Filho, o funcionário do Banco da Amazônia (Basa), Aldo Soares Silva e o presidente da Cooperativa Agropecuária de Maués ( Aguaman), Elizandro da Gama Gomes. O ex gerente do Basa, Carlos, e o presidente da Cooperativa de Agricultores Avac, Cimiano Gomes, são os únicos que estão foragidos.

 O rombo foi descoberto após quase 3 anos de desvios (entre 2009 a 2011), por uma equipe de supervisão dos projetos. No suposto esquema, o presidente da cooperativa Aguaman estaria falsificando a assinatura dos produtores (com 2 assinaturas, uma de recebimento e outra de emissão) pra receber as verbas do financiamento do programa. A participação de Carlos do Basa (que também presidia o comitê gestor do FNO) e do funcionário Aldo S. Silva se daria quando o documento chegava ao banco. Lá, o então gerente autorizava o pagamento e o funcionário transferia o dinheiro direto para a conta da cooperativa ilegal.

 Durante o tempo em que o esquema de desvios esteve ‘em vigor’, foram aprovados 300 projetos do Pronaf, o que totaliza um montante de R$ 100 milhões (mas a maioria eram projetos legais. Apenas os da Avac e da Aguaman eram ilícitos). Por cada projeto forjado, o delagado do caso, Mário Melo, revelou que Carlos do Basa recebia R$ 1 mil. Em depoimento, o presidente da Aguaman confessou ter levado, uma vez, uma sacola de R$ 70 mil ao Basa, para entregar ao gerente. 

 Carlos é bem conhecido dos acreanos de Sena. Em 2004, ele disputou a prefeitura do município e teve 3.683 votos, mas perdeu para Nílson Areal, que obteve 4.355 votos.  (Com informações do Jornal A CRÍTICA)

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