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Haitianos são contratados como domésticos no Paraná

Com intermediação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre, 74 refugiados haitianos se mudaram e já trabalham no Paraná. No começo, eles vinham contratados apenas por empresas. Agora, já há trabalhadores domésticos. A empresária curitibana Fernanda Magalhães Crisostomo, que é casada com o deputado estadual Cleiton Kielse, está muito satisfeita com o trabalho da babá Wiseline Polinyce, da cozinheira Jocelyne Dumervil, e do seu futuro motorista Sergen Marcellus.

Os três vieram há 45 dias para Curitiba. Ainda não falam português, mas Fernanda se entende em espanhol com a babá, que serve de intérprete para os outros dois, que só falam francês, a língua oficial do Haiti.

Os três filhos de Fernanda, de 2, 4 e 12 anos, estão até aprendendo francês e espanhol. “Eles já sabem algumas palavras”, conta. Wiseline é auxiliar de enfermagem e tem se dado muito bem na função de babá, segundo a patroa. “Ela é muito carinhosa. Todos são”.

A cozinheira Jocelyne, que no Haiti era cabeleireira, também agrada. “Tempera um frango muito bem”, reconhece a patroa. Ela conta que compra produtos especialmente para os empregados, que têm hábitos alimentares diferentes.

Marcellus, por enquanto, faz pequenos consertos, até que se sinta mais seguro com o idioma para dirigir. A intenção é que ele atenda às necessidades de locomoção das crianças, principalmente.

Jocelyne e Sergen formam um casal, que tem filhos no Haiti. A intenção é trazê-los assim que for possível. Eles e a babá mandam dinheiro para a família, que ficou no país devastado. “A aposta deles é trazer os familiares para cá, assim que puderem”, conta Fernanda.
Os três, com idades entre 24 e 28 anos, têm CPF e Carteira de Trabalho brasileira, indispensáveis para trabalhar no país. “Tudo é feito de acordo com as regras da CLT”, explica Fernanda. Jocelyne e Marcellus moram na casa do caseiro e Wiseline, com a família na casa principal. (Band.com.br)

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