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Indústria de embutidos atende à demanda do pequeno produtor do setor de piscicultura

A Indústria de Embutidos de Peixe do Bujari integra uma parte do Programa de Desenvolvimento da Piscicultura no Acre e deve atender à demanda vinculada ao pequeno produtor. A unidade do Bujari é resultado de um convênio do ProAcre e também de recursos do governo estadual. Foram investidos R$ 600 mil na indústria, que tem capacidade instalada de beneficiar até 30 toneladas de peixe por mês.

Inicialmente, a unidade do Bujari vai operar até 13,5 toneladas tendo como resultado final a carne de peixe (filé e ‘picadinho de peixe’), usada na produção de vários pratos da culinária local.

Além do ‘picadinho de peixe’, a indústria também seleciona parte do pescado utilizado na confecção de ‘caldeirada’, prato típico da região amazônica.

“Esse empreendimento ajuda a consolidar a meta de fazer do Acre o endereço do peixe na Amazônia”, disse o secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis.

O Governo do Acre quer construir outra unidade em Cruzeiro do Sul, semelhante à do Bujari. Ainda não há data definida para o início dos trabalhos no Juruá. “A partir de maio, a Secretaria de Educação vai absorver toda a produção feita aqui”, explicou o governador Tião Viana. “O Bujari ganha empregos diretos e o município passa a ter mais renda”.

O impacto na geração de renda é baixo. Apenas 12 empregos serão gerados diretamente, mas é no campo que está a maior consequência. Na região do Bujari, cerca de 150 famílias de produtores estão integradas à cadeia produtiva dos embutidos de peixe.

São cerca de 600 pessoas que terão renda direta garantida a partir da indústria inaugurada ontem. “A ampliação da base produtiva é o maior ganho não apenas para as famílias, mas para todo o município”, avaliou o presidente da Cooperativa de Produtores e Criadores do Bujari, Roberto Diógenes.

Complexo de Piscicultura tem outra demanda
O Complexo de Piscicultura, previsto para ser construído no Km 30 da BR-364 (sentido Rio Branco/Porto Velho), tem outra prioridade: atender o mercado externo. A meta dos acionistas do empreendimento é exportar 20 mil toneladas de pescado em 5 anos.

O que há de comum entre a unidade inaugurada ontem e o projeto do complexo de piscicultura é a tendência de investimentos apontada pelo governo. Pelas ações do poder público, vai se consolidando, aos poucos, o mercado vinculado ao pescado. Isso dá mais segurança para quem produz e pode ampliar o acesso ao crédito.

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