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Mãe pede ajuda para fazer tratamento do filho, que ainda nem foi diagnosticado

A dona de casa Maria Cleonice da Silva, 53 anos, é mãe do adolescente Iago da Silva, 17 anos. Iago sofre de uma doença desconhecida. Os médicos apresentaram a hipótese de que seria Distrofia Muscular de Duchene, cuja característica principal é o enfraquecimento e posteriormente a atrofia progressiva dos músculos, prejudicando os movimentos e levando o portador a uma cadeira de rodas. Até hoje, por falta de exames, ainda não foi confirmado o diagnóstico.

Maria e Iago moram sozinhos em uma casa cedida provisoriamente no Ramal da Castanheira, Vila Acre. A casa não é adaptada e o local é de difícil acesso. “A casa que eu moro não tem nem piso e nenhuma adaptação. Quando chove, não é possível sair do ramal. A Kombi do Dom Bosco vai nos buscar quando o ramal está seco. Mas ela só chega até a esquina. Então eu tenho que levá-lo no braço até o veículo. Lá, ele faz fisioterapia, fonoaudio-logia e terapia ocupacional”.

Durante 3 meses, o garoto ficou sem fazer o tratamento. “O Iago piorou sem fazer a fisioterapia durante estes meses e sem poder ir às consultas médicas. Chovia bastante e a gente não tinha como sair do ramal. Eu não tenho um meio de transporte e da minha casa até a parada de ônibus é muito longe, não consigo carregá-lo até lá. Eu não consigo nem ir ao supermercado, porque não tenho com quem deixar o meu filho e o ramal não tem acesso para cadeirantes”.

No ano de 2009, Maria fez a inscrição no Programa Habitacional “Minha Morada”. Por Lei, ela teria prioridade em ser contemplada no programa. “Está com quase 3 anos que fiz a minha inscrição. As funcionárias do Dom Bosco desde o ano passado entram em contato com a Secretaria de Habitação, mas até hoje não conseguiram nada. Eu não tenho condições financeiras de alugar uma casa em outro local. Vivo apenas da aposentadoria que o Iago recebe, que é de 1 salário mínimo”.

Exames – Em 21 de junho de 2011, um processo foi encaminhado para Iago fazer o Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Para saber qual realmente é a doença que o adolescente tem, é necessário fazer uma biopsia muscular, exame que não é realizado no Acre.

De acordo com informações, até hoje nenhum posicionamento foi tomado. “Fomos à Secretaria de Saúde várias vezes. Até hoje, não resolveram nada. Se o diagnóstico do Iago estivesse fechado, ele teria direitos amparados legalmente para fazer o tratamento em sua casa, direito de alguns aparelhos para a emergência, não precisaria se deslocar até o Dom Bosco”, disse uma funcionária da instituição, que não quis se identificar.

Maria Cleonice disse que só após muita luta é que conseguiu fazer uma consulta no Hospital das Clínicas. “Uma geneticista consultou o meu filho semana passada. Vários exames foram marcados, mas há uma demora muito grande na entrega. Eu preciso de doações, para conseguir fazer esses exames fora. A cada dia que passa ele piora mais. Não posso esperar”, suplicou a mãe.

Apelo – A mãe de Iago fez um apelo. “Quero pedir ajuda, pois não tenho a quem recorrer. A saúde do meu filho está em risco. Não tenho casa, emprego e nem renda. Já que não consegui ajuda pelo Estado, peço doações de quem se comover com a minha situação. A cada dia que passa, fico mais desesperada. Não sei o que fazer”.

Quem quiser ajudar pode entrar em contato no número (68) 9209-2405.

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