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Primeira Marcha Contra o Crack e Outras Drogas é feita em Rio Branco

A 1ª Marcha Contra o Crack e Outras Drogas ocorreu na manhã de ontem, em frente ao Palácio Rio Branco. O evento foi realizado pelo Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e o Conselho Penitenciário Estadual. Após a marcha, também aconteceu o 1º Seminário do Acre para a discussão do Crack e Outras Drogas: por uma Justiça Terapêutica. O evento contou com a presença de deputados, vereadores, autoridades e da população.

De acordo com Nílson Mourão, secretário de Justiça e Direitos Humanos, o tráfico de entorpecentes é um grande problema enfrentado pelo Estado. “O governo tem dado apoio às organizações para o tratamento dos dependentes, mas ainda falta muita coisa. Estamos trabalhando para sensibilizar a população e lutar contra os traficantes, além de construir uma política pública para prevenir e tratar os dependentes químicos”.

Valdir Perazzo, presidente do Conselho Penitenciário Estadual, afirmou que unidades para recuperação precisam ser construídas. “Precisamos de unidades terapêuticas e centros de apoio aos dependentes químicos. O custo para o tratamento e a prisão é muito caro para o Estado. Precisamos mudar esta realidade”.

Dirceu Augusto, diretor do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen), disse que a maioria das pessoas presas é devido ao envolvimento no tráfico de drogas. “Cerca de 70% dos homens e 80% das mulheres estão nos complexos penitenciários da Capital por causa do tráfico. Recentemente, estão sendo feitas apreensões de entorpecentes nestas unidades. E a marcha tem grande importância para diminuir o número de dependentes e os crimes praticados, reduzindo o número da população carcerária”.

O secretário adjunto de Saúde, Amsterdam Sandres, informou que o crack causa a dependência química rapidamente. “Esse tipo de droga causa um grande problema no sistema nervoso. A dependência é muito frequente nos usuários de crack. Isso faz com que a recuperação seja mais lenta, difícil e as recaídas sejam mais frequentes. A Secretaria de Saúde tem uma preocupação imensa de que essa parcela da população faça o tratamento”, finalizou.

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