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Mulher é estuprada e mantida em cárcere privado por ex-marido

“Ele passou 3 dias comigo trancafiada em um pequeno quarto dentro de uma casa no Ramal da Lua, Km 7, região da Baixa Verde, Estrada de Boca do Acre”. A fala é de uma mulher de 29 anos, H.S.S., que foi estuprada e esmurrada pelo ex-marido William de Souza Ferreira, 29, no dia 20. Segundo ela, tudo começou neste ano quando suas filhas de 6 e 3 anos pediram para assistirem um filme educativo. A menor não queria que a luz fosse desligada e, de forma covarde, William segurou a criança pelos cabelos e a levantou do chão a cerca de 1m de altura.

“Nesta hora, fiquei desesperada e corri para o meio do terreiro tentando socorro. William Ferreira quebrou os telefones, destruiu móveis da casa, mas consegui ligar para 190. Quando os policiais chegaram, ele já tinha fugido”, disse a vítima. Segundo H.S.S., foi o começo de um pesadelo que viveu com o companheiro William Ferreira, desempregado.

Ante as agressões, ela conta que pediu ajuda na Delegacia da Mulher, sendo arbitradas medidas protetivas que delimitava 200m de distância mínima entre acusado e vítima. Mesmo assim, ele continuou a buscar por H.S.S. dizendo que não aceitava a separação.

No dia 20, quando a vítima voltou ao sítio para buscar seus animais domésticos, ela foi atacada por William. Com uma faca de serra, ele arrastou-a para dentro de uma casa no Ramal da Lua e a obrigou a fazer sexo, deixando-a bastante machucada.

A polícia foi acionada outra vez, mas, em decorrência das primeiras agressões, a Justiça já havia decretado a prisão do acusado. Ao tomar conhecimento que H.S.S estava internada, William invadiu o hospital e a esmurrou dentro de um banheiro do hospital e ela só não morreu porque uma enfermeira viu as agressões e saiu em socorro da vítima.

“Eu quero justiça, pois ele transformou minha vida num inferno, bateu em minhas filhas, me estuprou e agora diz que vai me matar. Como estou grávida de gêmeos de 3 meses e os filhos são dele, Willian vive fazendo ameaças de me matar e a meus filhos”, se queixa a mulher.

Conforme a vítima, o acusado também invadiu a casa de seus pais e os ameaçou de morte. Ele teria dito que tem influência com traficantes e só teria sossego quando ‘tirasse de forma definitiva’ a vida de H.S.S.

Agressor tenta matar policial
Com um mandado de prisão da Justiça, investigadores do Grupo Especial de Capturas da Polícia Civil (Gecapc) chegaram ao local onde se encontrava William, que reagiu atacando os policiais.

Na abordagem, ele se apossou de um martelo e agrediu com força aos agentes de polícia que estavam lhe comunicando da ordem judicial.

Revoltado, ele disse que não ia ser preso e desferiu a martelada mirando a cabeça do investigador, que desviou a parte frontal do corpo, mas acabou sendo atingido na coxa. Seu colega de equipe partiu pra cima do agressor e também acabou ferido no couro cabeludo. A polícia dominou William e o algemou. Ele foi conduzido à sede do Gecapc. No dia seguinte após passar por exames de corpo de delito, ele foi encaminhado ao presídio do Estado.

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