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Proprietária de creche pode ter sabotado estabelecimento

A administradora da ‘Fundação Lar de Criança de Paz’, Roseli de Souza, a ‘Irmã’ Roseli, procurou a polícia para registrar queixa-crime de uma invasão, na qual ladrões supostamente teriam invadido o estabelecimento na noite de domingo, 15, e roubado 45 cadeiras, 8 aparelhos de televisão, ar-condicionado, 6 botijas de gás e eletrodomésticos, causando um prejuízo de cerca de R$ 16 mil. A fundação seria uma entidade sem fins lucrativos, que funciona como creche para cerca de 100 crianças da comunidade, no Ramal do Breu, bairro Belo Jardim.

Assim que o furto foi comunicado, a Polícia Civil iniciou investigação para identificar e prender os acusados e, principalmente, para tentar recuperar os bens furtados.

Conforme informações, no decorrer das investigações a polícia recebeu denúncias de suposta sabotagem da administradora Roseli de Souza no furto dos bens doados à fundação.

O delegado Josemar Fortes, responsável em apurar o ocorrido não quis fornecer detalhes, alegando que poderia atrapalhar o andamento das investigações, mas uma fonte da Polícia Civil assegurou existir indícios de que a administradora teria participação direta no furto e supostamente estaria envolvida em desvios das doações.

Por toda esta semana, o delegado vai ouvir testemunhas e moradores da região, que teriam informado sobre o ‘desvio’ dos produtos doados a fundação para o suposto proveito da própria administradora e de seus familiares.

As denúncias recebidas pela polícia dão conta que a administradora recebia doações de alimentos que ela transformava em ‘sacolões’ para distribuir entre a sua família. Já os objetos roubados seriam ‘bingados’.

Outra denúncia é de que a creche não funcionava há algum tempo. Sempre que alguma entidade procurava a fundação para fazer doações, Roseli apresentava seus próprios netos como sendo crianças beneficiadas. Para justificar a ausência de crianças, ela alegava que era horário de aula e que estariam nas escolas do bairro e quando saíssem retornariam a Fundação, onde eram “alimentadas e permaneciam até a chegada dos pais trabalhadores”. (L.C.)

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