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Grupo Glória anuncia instalação de primeira empresa no Acre

A abertura do primeiro negócio do Grupo Glória, do Peru, no Acre está cada vez mais próxima. Um representante da empresa esteve em Rio Branco para definir a compra de um terreno onde funcionará o primeiro empreendimento e iniciar o processo para abertura de empresas no Estado.
Estratégia é comprar jazida de pedra em Rondônia e trazer cimento do Peru para criar indústria de pré-moldados no Acre
Ernesto Rodriguez revelou que a intenção é atuar no ramo da comercialização e transporte. O cimento Yura seria o primeiro produto. Mas o Grupo também garante que muito em breve trará para o Acre leite, iogurte, sucos e outros produtos.

O Grupo tenta a comprar ou uma sociedade com uma empresa proprietária de uma jazida, em Vista Alegre do Abunã, na divisa do Acre com Rondônia. A intenção é instalar no Acre uma planta industrial para concretos e pré-moldados. As pedras viriam de Vista Alegre e o cimento do Peru.

“Nós fizemos vários estudos e já visitamos o Acre vá-rias vezes. Agora viemos para adquirir um terreno, onde vamos instalar nossa empresa e também para dar entrada na documentação necessária para que possamos iniciar nossos trabalhos. Queremos trazer produtos competitivos”, disse.

Ele observou que a empresa tem interesse de levar para o Peru produtos acreanos. Na mira do Grupo Glória a carne e produtos de materiais recicláveis. A intenção é que os mesmos caminhões que tragam para o Acre os produtos peruanos voltem carregados com produtos acreanos.

“Temos muito interesse que nossos caminhões retornem para o Peru com os produtos aqui do Acre. A nossa empresa tem interesse em trabalhar com os produtos acreanos e comercializá-los em todo Peru. Tenho certeza que faremos grandes negócios”, destacou.

O representante do Grupo Glória, Ernesto Rodriguez, foi recebido pelo secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Edvaldo Magalhães.

Na oportunidade ele apresentou o desejo do Grupo de se instalar no Acre, inclusive com abertura de empresas em Rio Branco, garantindo assim, a legalidade do negócio e fortalecendo a economia acreana.

“O mais interessante é que o Grupo Glória não está interessado apenas em trazer seus produtos para o Acre, mas também de levar nossos produtos para o Peru. Isso mostra que o governador Tião Viana tem feito as apostas certas na industrialização do nosso Estado”, destacou.

Sobre o Grupo Glória
O Glória Holding Corporation, formado por 42 empresas processadoras de leite, açúcar, cimento e papel, no Peru, Bolívia, Equador, Argentina, Colômbia e Porto Rico, que atualmente exporta produtos para 65 países, confirmou, durante a visita dos empresários acreanos, que vai se instalar no Acre, mais precisamente em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no primeiro trimestre de 2012.

Para se ter uma ideia da dimensão dos negócios do grupo Glória, apenas uma única planta processadora, em Lima, processa por dia 1,8 milhão de litros de leite. O grupo fatura, por ano 2,5 bilhões de dólares e emprega mais de 20 mil pessoas.


 

Governo garante apoio para comerciantes de Brasiléia

Rutemberg Crispim
Uma boa notícia para os comerciantes de Brasiléia que tiveram prejuízos com a cheia do Rio Acre. O Governo do Estado vai conceder uma espécie de “auxílio aluguel” no valor de um salário mínimo, durante 12 meses, para 55 comerciantes que perderam praticamente tudo e não tem um espaço para comercializar seus produtos.
Aluguel social foi medida emergencial encontrada pelo governo
Logo após a enchente, atendendo um pedido do governador Tião Viana, técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) estiveram em Brasiléia, para conversar com os comerciantes e buscar uma solução emergencial para o problema.

Eles visitaram a área comercial, onde pelo menos 50 lojas desabaram ou foram interditadas pela Defesa Civil, por problemas na estrutura física. Sem condições para trabalhar os comerciantes pediram ajuda para voltar a comercializar seus produtos.

Muitos, além da estrutura física da loja, que foi completamente destruída pelas águas, também perderam todo o estoque de mercadorias. Reunidos com os técnicos da Sedens, os comerciantes apresentaram várias propostas para solucionar, de maneira emergencial, parte dos problemas.

Depois de visitar as áreas atingidas pelas águas, o diretor de Comércio, Serviços e Integração Regional da Sedens, Jair Santos, fez questão renovar o compromisso do Governo do Estado.

Juntamente com os comerciantes foi elaborada uma relação com o nome dos comerciantes que perderam suas lojas total ou parcialmente. A meta era buscar uma solução urgente para o problema.

E a primeira solução foi anunciada essa semana, durante reunião da Comissão da Política de Incentivos às Atividades Industriais do Acre (Copiai), composta por representantes da Sedens, Sebrae, Fieac, Federação da Agricultura, Associação Comercial, Organização das Cooperativas e Secretaria da Fazenda.

O Governo do Estado vai garantir um salário mínimo, durante 12 meses para 55 comerciantes. O recurso será utilizado para o pagamento de aluguel. Dessa forma os comerciantes terão oportunidade de comercializar seus produtos.

“Atendendo um pedido do governador Tião Viana e do secretário Edvaldo Magalhães fomos até Brasiléia, nos reunimos com os comerciantes, visitamos as áreas atingidas e definimos uma estratégia para resolver o problema. Eles pediram uma solução emergencial que já estamos atendendo. Agora os comerciantes que estavam parados, voltam ao trabalho”, afirmou Jair Santos.

Ele revelou ainda que a Eletrobras já sinalizou positivamente para doação de um terreno, de cinco mil metros quadrados, na parte alta da cidade, onde o Governo do Estado vai construir uma espécie de Pólo Comercial em Brasiléia.

A expectativa é que as obras iniciem o mais rápido possível. O terreno está localizado em uma parte alta da cidade, sem risco de enchentes e nas proximidades de agên-cias bancárias.

 


1ª Transpo Amazon expõe fragilidades de infraestrutura e logística no Norte

 

ITAAN ARRUDA
Os problemas de infraestrutura e a criação de novas modalidades de integração de transportes vão ser objetos de debates na 1ª Transpo Amazônia. AFeira e Congresso Internacional de Transporte e Logística acontece em Manaus de 26 a 28 de junho. O encontro já nasce grande.
Ponte entre Epitaciolândia e Brasiléia é um dos problemas; há previsão da construção de um anel viário
Reunidos no centro de convenções Studio 5, técnicos, empresários e gestores públicos discutem transporte e logística para uma região que se transforma com a tentativa do governo brasileiro de descentralizar investimentos do Sudeste e Sul.

Nos últimos nove anos, a região Nordeste foi muito beneficiada com investimentos do Governo Federal. O Norte ainda não encontrou o foco ideal. Parte da responsabilidade é do poder público e parte também da iniciativa privada.

As federações das indústrias dos estados que compõem a Amazônia Legal despertaram para o problema. Em março do ano passado, foi divulgado o estudo da consultoria Macrologística. Resultado de dois anos de observação dos gargalos da infraestrutura regional, o documento Norte Competitivo já é uma referência para quem deseja investir na região.

“Certamente, nós vamos avaliar os problemas detectados por este estudo que será apresentado pela Federação das Indústrias do Amazonas”, afirmou o diretor-presidente da Transportes Bertolini, Irani Bertolini, que também preside a Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz). “Mas, a ideia é apontar algumas soluções e prioridades concretas”.

“O nosso maior entrave na região é a logística”, declara Bertolini, antes de apontar algumas ações do governo que ainda estão apenas na retórica, atrapalhadas por problemas internos da gestão pública.

“Quando a coisa parecia que ia deslanchar, veio a saída do ministro Alfredo Nascimento. Na sequência, o escândalo do Dnit com o Luiz Antônio Pagot e, agora, por último, o escândalo da Delta. Tudo isso trava investimento”, pontua Bertolini.

Vinte grandes empresas brasileiras do setor de transportes e logística já confirmaram presença. Entre elas: Transportes Bertolini, Grupo Chibatão, Di Gregório, Autotrac, Apisul, Costeira, Linave, Log-In Logística Intermodal, Maquipel, Onixsat, Powertec/Lempar, Rastron, Setcom, Sotreg, TRA Transporte da Amazônia, Supermac/Scania, Mardisa/Mercedes Benz, e Powertec/Lempar.

Acre avalia participação
Na segunda-feira, gestores públicos e empresários do setor de transportes avaliam a possibilidade de participação na Transpo Amazônia. Até a última sexta-feira, a organização do evento não havia formalizado convite ao Governo do Acre.

O Sindicato das Empresas de Logística e Transporte do Acre já confirmou presença no evento. “É importante estarmos presentes para mostrar o que tem sido feito em infraestrutura pelo governo e que isso provocou de mudanças nas empresas”, afirmou a presidente do sindicato, Nazaré Cunha.

No material de divulgação, em nenhum momento é citado o investimento feito pelo BNDES nas obras de pavimentação da Interoceânica. A rodovia BR-317, que no território acreano foi batizada de Estrada do Pacífico.

CIT expõe prioridades
Associada à Transpo Amazônia,a Câmara Interamericana de Transportes (CIT) consolida os debates sobre infraestrutura e desenvolvimento na região. Essas duas instâncias referendam as demandas além das fronteiras brasileiras.

O Brasil e mais 17 países participam da Assembleia Geral da CIT. São eles: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Bertolini: governo precisa acelerar execução das obras

PAC ‘blinda’ contra crise
Mesmo com problemas na execução, as obras do PAC II (Programa de Aceleração do Crescimento) e a política implantada pelo Ministério da Fazenda no mercado financeiro têm, em certa medida, blindado a economia brasileira dos humores da crise europeia. Mas, a capacidade de investimento do país, direta ou indiretamente, fica comprometida.

Por isso, a realização de encontros que reúnam empresários e setor público pode ser um mecanismo importante para focalizar quais investimentos são prioritários e dar o efeito de aquecimento econômico que se deseja.

Governo já identificou gargalos da infraestrutura
O Governo do Acre já tem mapeados os principais gargalos da infraestrutura. No setor rodoviário, pode ser pontuada a necessidade de construção da ponte sob o Rio Madeira, na divisa entre os estados de Rondônia e Acre (BR-364).
Ausência da ponte sobre Rio Madeira trava fluxo no transporte
Além disso, também é necessária a construção de um complexo rodoviário no entorno das cidades de Brasiléia e Epitaciolândia com outra ponte sobre o Rio Acre. Atualmente, a ponte existente só permite trânsito de um carro por vez, o que limita o transporte de produtos e praticamente inviabiliza a exportação em grande escala para o Pacífico (BR-317).

Esses dois gargalos devem ser resolvidos para que a Zona de Processamento de Exportação se consolide na região. A primeira ZPE do país a ser alfandegada integra uma rede de ações do poder público. Uma delas é a da infraestrutura que exige investimentos urgentes.

Naturalmente, Manaus não vê com simpatia o projeto acreano da ZPE. Daí a importância de agentes políticos do Acre ampliarem o debate em todas as arenas possíveis.

BR-364_ A rodovia BR-364 é um problema parcialmente resolvido. Resultado de investimentos de vários governos estaduais, nós últimos 13 anos foi prioridade do poder público.

Atualmente, está com trânsito de veículos liberado o ano inteiro, mas ainda precisa sistematizar a manutenção. É uma estrada que cumpre a importante missão de integrar as diversas regiões do Acre, do ponto de vista econômico e cultural.

Contribuição acreana – O Acre pode contribuir com muita qualidade no debate sobre desenvolvimento na Transpo Amazônia. É uma oportunidade de demonstrar que os desequilí-brios econômicos regionais sãoprejudiciais a todos. E extrapolam as questões políticas paroquiais. Compromete o país.

Ferrovia – A ferrovia que interliga a região do Juruá ao Centro-Oeste brasileiro tinha debate previsto para acontecer agora em junho em Cruzeiro do Sul. Mas, devido às mudanças na Agência Nacional de Transportes Terrestres, está com agendamento em aberto. A Transpo Amazônia pode ser uma boa oportunidade para expor a ideia.

É uma nova arena que se abre. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas no site oficial do evento: www.fetramaz. com.br/hotsite.


Abertura da BR-364 exige a proteção de patrimônio agrícola

 

ITAAN ARRUDA
A Embrapa e o Governo do Acre (por meio do Fundo Estadual de Amparo à Pesquisa) investem em pesquisas para proteger o patrimônio agrícola. A cultura do feijão é uma das prioridades.
Abertura definitiva da BR-364 obriga nova postura de governos, movimentos sociais, empresas e pesquisadores
Um casal de pesquisadores da instituição já desenvolve há dois anos um trabalho de identificação e catalogação de todas as espécies encontradas na região do Vale do Juruá. Comumente, trabalha-se com a ideia de que sejam 13 espécies de variedades crioullas. O trabalho da Embrapa já identificou 22 espécies.

Em mais de cem anos, as comunidades tradicionais existentes nos municípios de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul foram sendo naturalmente protegidas pelo isolamento geográfico que consolidou um patrimônio genético.

E é justamente o cuidado em relação a esse “acúmulo” executado naturalmente por índios e populações extrativistas ao longo do tempo que precisa ser observado pelo poder público.

O desafio imposto com a abertura da rodovia BR-364 está fundamentado em duas bases: dar escala à produção de variedades crioullas e criação de uma política de prelos que estimule o agricultor a investir na produção dessas sementes.

Não é um desafio fácil de ser resolvido. “Hoje, oitenta e cinco por cento do mercado brasileiro é dominado pela semente de carioquinha”, calcula o pesquisador da Embrapa Tadeu Marinho. Há 27 anos, Marinho trabalha com estudos relacionados à cultura do feijão.

O Governo do Estado quer aumentar tanto a produção quanto a produtividade da agricultura. A variedade carioquinha é a que proporciona respostas mais rápidas e lucrativas.

Com uma vantagem: como o desenvolvimento dessas sementes estão sob o domínio de grandes empresas multinacionais, hoje é possível manter a produção durante o ano inteiro. Diferente das variedades crioullas, com sazonalidade anual.

Contratos individuais – Uma alternativa para estimular o plantio e o cultivo de sementes crioullas é a assinatura de contratos individuais com cada produtor.

“O governo já tentou fazendo contratos com os índios ashaninkas”, afirmou outro pesquisador da Embrapa, Amauri Siviero. Há 18 anos, ele trabalha com estudos envolvendo culturas familiares. “Essa tentativa do governo é fenomenal só que tem que ganhar escala”.

Para Siviero é justamente no incentivo à produção de sementes crioullas nas comunidades que está faltando incentivo.

“O programa de governo tem que resgatar as sementes crioullas e depois tem que dar escala para que se multiplique a quantidade de sementes e aumente a produção na comunidade para isso não se perder”, analisa Siviero. “O receio é que com a abertura da estrada essas vinte e duas espécies encontradas pelos pesquisadores da Embrapa no Juruá caiam para três”.

Os pesquisadores da Embrapa que desenvolvem pesquisa no Vale do Juruá, Eduardo Pacca e Eliane Oliveira, devem publicar um livro sobre a pesquisa desenvolvida com as sementes crioullas.

Variedades crioullas podem dar respostas para a praga da mela do feijoeiro
A equipeda Embrapa trabalha com a hipótese de que as variedades crioullas possam ter se adaptado de tal maneira ao meio ambiente que tenha adquirido resistência à mela do feijoeiro.
Trabalho de catalogação é centralizado no Conselho de Recursos Genéticos, em Brasília
“Não se sabe ao certo há quanto tempo essas variedades crioullas são cultivadas pelos índios que a trouxeram dos Andes e vieram descendo os rios”, afirma o pesquisador Tadeu Marinho. “É provável que lá no meio dessas sementes tenham algumas com resistência à mela e isso é interessantíssimo para a pesquisa”. Atualmente, a mela é um fator que impede a expansão da lavoura de feijão no Acre.

Até agora, as variedades crioullas não apresentaram imunidade à mela. Mas a incidência da praga diminui pela forma como se planta, utilizando a folhagem da capoeira que impede o contato da folha com o solo contaminado por meio da água das chuvas.

NOVAS REFERÊNCIAS

Os pesquisadores da Embrapa, Eduardo Pacca e Eliane Oliveira, identificaram 22 espécies de feijão na região do Vale do Juruá. O trabalho de dois anos, que teve apoio do Governo do Acre por meio do Fundo Estadual de Amparo à Pesquisa, deve resultar em livro e expõe uma nova referência na relação entre Cultura de Desenvolvimento: como proteger o patrimônio agrícola (cultural) oferecendo segurança econômica ao produtor?

Feijão tem uma das menores margens de lucro
A maior rede de supermercados de Rio Branco, os Supermercados Araújo, vende, em média 40 toneladas de feijão por mês. Mas, de acordo com um dos proprietários da rede, o empresário Ádem Araújo, é um dos produtos com menor margem de lucro.
Carioquinha domina 85% das vendas no mercado
“O feijão não dá lucro”, adverte Ádem. “Mas, assim como outros itens da cesta básica, é um produto que não pode faltar na empresa”.

Estima-se que, em média o Acre consuma de 100 a 120 toneladas de feijão por mês. A maior parte é comercializada do Mato Grosso.

Atualmente, o governo brasileiro tem mantido rígida pauta de importação. O feijão da China chega aos portos brasileiros custando entre R$ 50 e R$ 60 o saco de 60 quilos. Um preço agressivamente competitivo com o similar nacional que tem custo de produção estimado em R$ 65.

Curso de produção de sementes crioullas será oferecido em outubro
Marinho: agricultores como vetor de proteçãoA Embrapa vai oferecer um curso de produção de sementes crioullasem Cruzeiro do Sul. As técnicas serão apresentadas para extensionistas rurais que trabalham em todos os municípios do Vale do Juruá.

A aplicação dessas técnicas de multiplicação de sementes em comunidades deve ser levada para aldeias e unidades extrativistas que mantém agricultura familiar na base de produção de subsistência.

Categories: Acre Economia
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