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Acre entra na ‘agenda de prioridade’ para a repressão ao tráfico do crack

O Governo Federal vai disponibilizar R$ 150 milhões para serem aplicados em políticas de combate ao tráfico pelos 11 estados brasileiros que têm áreas de fronteiras. Para a formulação destas ações, a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina de Luca Miki, veio ao Acre para uma reunião técnica.
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Com ela, vieram gestores públicos de mais 4 ministérios: Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. “Na área de repressão, a nossa prioridade é o crime organizado, o traficante”, ressaltou. “Na área de prevenção, o usuário necessita de cuidados e da possibilidade de ele refazer o seu projeto de vida”.

Para o governador Tião Viana, a presença da secretária Nacional de Segurança Pública indica a necessidade de vigilância constante em uma região que faz fronteira com Peru e a Bolívia, dois grandes produtores de cocaína. “A presidente Dilma nos coloca na agenda de prioridades de estados em luta contra o crack”, afirmou o governador, antes de pontuar que o combate ao tráfico exige um pacto entre poder público e a sociedade. “É uma luta de todos: do governo e da sociedade”.

De acordo com dados do Governo do Acre, o programa Enafron (programa de Estratégia Nacional de Segurança na Fronteira) já disponibiliza R$ 13 milhões anuais para aparelhamento de polícias e fortalecimento de rede de assistência.

Hoje, técnicos do governo estadual e os representantes dos ministérios vão organizar estratégias para cada área específica, separados por câmaras setoriais. Uma vez pactuadas estas estratégias, será criado um ‘termo de adesão’, assinado pontualmente por cada ministério com o Estado e com o município de Rio Branco.

Estas propostas deveriam ter sido apresentadas pelos estados até o dia 23 de abril, prazo inicial estabelecido pelo Ministério da Justiça. Mas não foi feito. Daí, a montagem da agenda da secretária nacional de Segurança Pública, que veio pessoalmente tratar do tema.

Pressionado pelos últimos episódios paulistanos, o Ministério da Justiça criou a campanha Enfrentamento do Crack e outras drogas. No Acre, o crack não é o pior problema. Aqui, a cocaína (um dos insumos para a produção do crack) é o entorpecente com maior número de usuários e dependentes.

“A política pública no Acre é muito bem desenvolvida e, por isso, não temos nenhum receio de que será um sucesso o nosso programa aqui”, assegurou a secretária nacional Regina de Luca Miki.

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