De acordo com dados divulgados nesta semana pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), alguns dos estados da Amazônia figuram na parte de cima do ranking de maior teledensidade do país. O Acre é um deles . De fato, a Anatel aponta que o Acre fechou abril com um total de 866.601 linhas ativas de celular. Isto é, o Estado possui uma teledensidade de 118,26 linhas para cada 100 habitantes.
Tais números colocam o Acre na 5ª posição da lista de teledensidade dos Estados da Amazônia. À frente do Acre, ficam: Rondônia (que é o estado brasileiro de maior teledensidade, com uma proporção de 138,77 linhas de celular ativas para cada 100 habitantes); Amapá (132,11 linhas/ 100 habitantes); Mato Grosso (131,87 linhas/100 habitantes) e Tocantins (127,41 linhas/100 habitantes).
Em todo país, a teledensidade também supera o numero de habitantes. O IBGE estima que há 193 milhões de brasileiros, enquanto a Anatel já registra um total de 224 milhões de linhas ativas de celulares. Ou seja, a média nacional de teledensidade é de 116,06 celulares para cada 100 brasileiros (uma relação que é 2,2 celulares /100 pessoas menor do que no Acre).
O que justifica este aumento crescente nas linhas de celulares é a preferência regional pelas novas tecnologias e multifuncionalidades dos aparelhos. Além disso, contribui as boas ofertas e a estratégia dos consumidores de tentar driblar altas cifras nas suas contas aproveitando as promoções e tarifas baixas de cada operadora (por isso, compram um celular pra cada).
Outros fatores que preponderam para o boom dos celulares na Amazônia são as facilidades na forma de pagamento, a tendência mercadológica, a ‘cultura de perder aparelhos’ e o famoso ‘repasse de aparelhos’: à medida que surgem aparelhos novos e modernos nas lojas, os consumidores vão trocando os seus velhos e os doando para outras pessoas.