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Acreanos fazem movimento para boicotar compras na Bolívia

O presidente da OAB/Seccional Acre, Florindo Poersch, está liderando um movimento popular para boicotar as compras realizadas por brasileiros na Bolívia. A ideia teve início após um empresário acreano ser extorquido e expulso do país vizinho, perdendo a maioria das suas mercadorias e arcar com um prejuízo de mais de R$ 2 milhões.

Segundo o advogado, os acreanos são desrespeitados pelos bolivianos. “Isso começou quando eu tive a ideia de fazer um final de semana de protesto com o tratamento aos brasileiros que moram na Bolívia, para chamar a atenção das autoridades brasileiras e bolivianas. Os comerciantes, empresários e outros estão sendo maltratados. Os militares de lá expulsam e muitos não conseguem nem trazer seus pertences pessoais. Em contrapartida, no Brasil eles são respeitados e bem tratados. Seguimos a constituição, que diz que não podemos fazer nenhuma distinção entre os brasileiros e estrangeiros”.

Bolivianos atuam como comerciantes tanto no país de origem como no Acre, acarretando vários ‘prejuízos’, segundo Florindo, aos empresários locais. “Este movimento começou a crescer e ampliou a discussão. Até quando vamos comprar lá? Somos tratados com falta de educação. Nós, brasileiros, é que não temos vergonha na cara. Essa é a verdade. Tal situação na zona franca da Bolívia já está trazendo prejuízos aos comerciantes brasileiros. Tirando os nossos empregos duas vezes: além de implantar um comércio com o valor inferior ao daqui, eles vem pra cá para vender também”, disse Florindo.

O boicote está sendo bem aceito nas redes sociais. “Nas redes sociais, a campanha está ganhando eco. Há muito tempo as pessoas tinham vontade de fazer algo. Agora, vamos nos reunir e tentar chamar a atenção das autoridades para resolver a violência e para encontrar uma forma de proibir os bolivianos de explorar o comércio daqui. Um exemplo foi o dos turistas brasileiros que eram mal recebidos na Espanha. O Brasil começou a tratar os espanhois da mesma forma e o problema foi resolvido. Precisamos ampliar um debate e discutir as nossas relações fronteiriças. Temos de fazer uma audiência pública para que estes problemas sejam resolvidos”, frisou Florindo.

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