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Contra as demissões, Sindicato protesta na porta de banco

BANCARIOS---ATO-ITAU---OKO banco que mais lucra no Brasil é o que também o mais demite. Estamos falando do Itaú Unibanco, instituição financeira que lucrou no ano passado cerca de R$ 14,3 bilhões, mas dispensou 5.764 postos de trabalho. Este ano, o banco continuou com sua política de enxugamento do quadro, demitindo 2.054, totalizando em pouco mais de um ano 7.818 demissões.

Enquanto gasta milhões de reais na campanha de marketing “Vamos jogar bola”, o banco não para de demitir e somente nas unidades de Rio Branco, o Itaú Unibanco desligou de dezembro a maio deste ano seis funcionários de um total de 26.

Querendo frear essa onda de demissões, a Contraf-CUT, federações e sindicatos realizaram ontem (23) um Dia Nacional de Luta, com protestos nas agências e concentrações do banco contra as demissões, a rotatividade, o assédio moral, as metas abusivas, as condições precárias de saúde, segurança e trabalho, e a terceirização.

O ato em Rio Branco ocorreu na agência principal da instituição, localizada no centro comercial da Capital. Cedo da manhã o Sindicato esticou uma faixa de protesto, ligou o som, conversou com os clientes e ainda realizou panfletagem para denunciar a política de demissão da empresa.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela abriu o ato público e criticou a política do banco. O dirigente reclamou do crescente número de demissões praticada pela instituição durante os últimos meses, assim como a cobranças por metas abusivas, fator esse que contribuiu para o adoecimento dos funcionários.

Outra a fazer uso da palavra durante o ato foi diretora do Sindicato, Elmira Farias. A sindicalista não poupou criticas a respeito da política de rotatividade de posto de serviço do Itaú Unibanco. Elmira explicou que é momento do banco pensar no funcionário, peça chave dos bons resultados conquistados pela empresa durante os últimos anos, mas que estão sendo desvalorizado pela instituição.

Convidada pela direção do Sindicato, a presidenta CUT/AC, Rosana Nascimento, compareceu ao protesto. Rosana explicou que não entende como a instituição que mais lucra no setor financeiro do país – lucrou de R$ 14,621 bilhões no ano passado – anda demitindo tanto. Ela questionou o papel social do banco junto à sociedade para a geração de emprego e renda, além da redução da taxa de juros.

O aposentado Pedro Braga acompanhou o ato público e deixou claro ser favorável a ação do Sindicato na defesa dos trabalhadores. (Assessoria)

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