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Professores da Ufac podem entrar de greve a partir de hoje

Professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) poderão entrar em greve a partir de hoje. Uma assembleia geral será realizada a partir das 15 horas para decidir se o Acre irá aderir à paralisação nacional.

Segundo Raimundo Melo, vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac), a categoria reivindica aumento de salário e revisão do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS). “Nós já estamos reivindicando há anos. Os servidores das instituições federais de ensino superior estão com mais de 10 anos sem o aumento de salário. Além disso, as universidades estão sucateadas, com deficiência de professores, laboratórios e de espaço físico. Hoje, a carreira de professor já não é tão atraente por conta do salário. Muitos estão fazendo concursos em outras instituições e deixando a universidade”.

Raimundo explicou que o salário dos docentes não é de acordo com o nível. “Nas carreiras de Estado, cargos de níveis médios ganham melhores salários de que um professor que tem mestrado e doutorado. Temos um salário insignificante. O sindicato nacional protocolou uma pauta em 2011, onde o governo se comprometeu de dar um aumento a partir de março de 2% e faria uma correção nas gratificações. Isso não foi cumprido. No final de março, houve uma paralisação a nível nacional de todo o setor público federal”.

Na última semana uma reunião foi realizada em Brasília, mas não houve sucesso nas negociações. “Dia 12 nós tivemos uma reunião em Brasília. Mas o plano de carreira não foi discutido e nem negociado. Foi votado então que a partir hoje seria encaminhada a greve das instituições federais por tempo indeterminado. Todos foram favoráveis ao início. Porém, nós iremos realizar uma assembleia geral, às 15 horas, para que os docentes decidam se iremos deflagrar a greve”, disse o vice-presidente.

Um documento será enviado à reitoria da instituição para que as medidas sejam acatadas. “Vamos encaminhar os documentos à reitora, com a total transparência e vamos informar também a sociedade o porquê da nossa greve. Esperamos que haja uma conversa e cumprimento da reivindicação. Queremos um salário mais justo”, finalizou Raimundo.

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