Servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) iniciaram, na manhã de hoje (09), uma paralisação de advertência. Um debate foi aberto no anfiteatro da instituição, a fim de debater e ouvir as reivindicações da classe.
De acordo com Robson Mendonça, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Acre (Sintest/Ac), a paralisação é a nível nacional. “Estamos dando cumprimento ao calendário da federação, onde está previsto dois dias para debates internos dentro da universidade, paralisando as atividades como uma forma de tentar sensibilizar o Governo Federal para apresentar uma contra proposta para o nosso movimento, já que nossa pauta de reivindicações está protocolada desde o dia 16 de abril. Nós apresentamos um prazo até o dia 30 de maio para que as negociações sejam abertas.”
Caso as reivindicações não sejam aceitas, a categoria irá realizar uma greve por tempo indeterminado. “Já existe a nível nacional uma pendência de que o serviço público federal se unifique para que uma greve seja deflagrada por tempo indeterminado. O indicativo inicial será no dia 11 de junho, estamos na expectativa, construindo um movimento para dar resposta ao governo caso ele não atenda as nossas reivindicações”, disse Robson.
Ormifran Pessoa, servidora da Ufac, falou que o principal ponto são as perdas salariais. “Esperamos que essa paralisação seja um aviso, uma forma de iniciar uma organização consequente diante do Governo Federal. Todas as universidades estão nesse movimento com o intuito de sensibilizar cada vez mais esse governo e chamá-los para um posicionamento frente às nossas reivindicações que são os 22, 79% de reajuste salarial de 2010 pra cá, porque se fossemos pegar todas as perdas salariais, seria 172%. Até agora nós tivemos três reuniões com o governo, que não se posicionou, não deu nenhuma resposta positiva a esse movimento”.
Caso o Governo Federal não incluir até o fim do mês de maio os valores para os aumentos, qualquer reposição poderá ocorrer somente em 2013.