Daniel Wilkins Moreno de Castro, 24 anos, é acusado de matar com uma facada o ex interno da Pousada do Menor, Fernando Oliveira de Lima, 19 anos. O crime aconteceu no final da manhã de sábado, 12, no Mercado do bairro Seis de Agosto.
De acordo com informações, o crime aconteceu na frente de dezenas de testemunhas, clientes e comerciantes do mercado. Segundo tais relatos, a vítima estaria sentada na calçada, junto de uma mulher, esperando o ônibus que faz a linha para o Ramal da Alcoobras. Foi quando o acusado se aproximou e desferiu um único golpe de faca no rosto de Fernando. A facada atingiu a jugular de Fernando, causando a morte imediata dele. A faca ficou gravada no rosto da vítima, que ainda conseguiu se levantar, mas depois caiu em meio a uma poça do próprio sangue.
Um policial civil, que estava fora de serviço e realizava compras no mercado, saiu em perseguição ao acusado, que havia fugido em direção à margem do Rio Acre. Pelo celular, o agente pediu reforço da Polícia Militar, que enviou uma guarnição do Grupamento Águia do 2º Batalhão e conseguiu prender Daniel.
Na Delegacia de Flagrantes (Defla) da 1ª Regional, o acusado alegou como motivação para o crime vingança por estupro que Fernando teria cometido contra a sua mulher (de Daniel). Segundo o acusado, ele e Fernando eram amigos de bebedeira. Há cerca de 6 meses, ele e a vítima consumiam bebida alcoólica no Residencial Jequitibá, bairro Calafate. Por volta das 2h da madrugada, Fernando teria pedido a Daniel que fosse comprar mais bebida.
Daniel contou à polícia que teria atendido ao pedido do amigo. Só que ao retornar, 20 minutos depois, teria flagrado Fernando dentro do quarto com sua mulher. Ela teria contado ao marido que havia sido estuprada por Fernando.
No dia do suposto estupro, Daniel teria acionado a Polícia Militar, que prendeu Fernando. Só que, em seguida, ele foi liberado para responder o processo em liberdade. “Depois deste dia minha vida virou um inverno. Depois de ser solto, ele passou a rir da minha cara e contou para todo mundo no bairro que havia estuprado minha mulher. Quando o vi no mercado, não pensei duas vezes em matá-lo. Esperei pela justiça que não foi feita, então fiz eu mesmo”, afirmou o acusado. (L.C.)