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Homem simula o próprio sequestro para chamar atenção da família

SequestradoO pequeno comerciante Manoel Mesquita, 44 anos, morador do município de Tarauacá, protagonizou uma situação policial inusitada ao simular o próprio sequestro e preocupar a família e a polícia daquela cidade.

De acordo com informações, na manhã desta terça-feira, 22, a mulher de Manoel Mesquita procurou a delegacia para registrar queixa de sequestro contra o marido.

Segundo informações da dona de casa Alcilene, ela é casada com Manoel Mesquita há mais de 10 anos e tem um casal de filhos menores de idade com ele. Pela manhã, teria recebido uma ligação via celular de um homem desconhecido afirmando que teria sequestrado o marido dela e ameaçava matá-lo.

Quando a mulher ainda estava na delegacia registrando a queixa, o suposto sequestrador voltou a ligar para o celular, e novamente ameaçou matar o marido dela. A conversa foi testemunhada por policiais, mas o curioso é que o suposto sequestrador estar embriagado, e em nenhum momento exigia resgate.

Diante da situação, a polícia iniciou investigação, mas desde o início suspeitando de que havia algo de errado no sequestro, pois o sequestrador não exigia resgate, portanto não se tratava de um sequestro, e principalmente porque a suposta vítima é uma pessoa simples, proprietária de uma pequena mercearia em um bairro periférico e que portanto não possuía dinheiro ou bens de valores para servir como resgate.

Mesmo assim, as policias Civil e Militar estavam atentos à situação e iniciaram uma investigação que terminou por volta das 23 horas, quando o suposto sequestrado foi encontrado perambulando em um bairro afastado e sob efeito de bebida alcoólica.

Levado à Delegacia de Polícia Civil, para esclarecer a situação, Manoel Mesquita confessou que simulou o próprio sequestro porque estaria passando por problemas na família e desejava assustar a mulher dele.

Manoel contou que comprou duas garrafas de cachaça, alugou um quarto e passou a ligar para a mulher se passando por sequestrador.

Segundo informações da polícia, o comerciante estaria visivelmente e alcoolizado.

Após prestar esclarecimento, ele foi liberado e terá que retornar à delegacia para prestar depoimento e corre risco de ser indiciado por falsa notícia crime e mobilização de aparato policial.

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