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Rio+20 terá sucesso se apresentar sucessor pro PIB, defende Jorge Viana

“A Rio+20 já seria uma grande conferência se nela discutíssemos o sucessor do PIB. Enquanto o mundo tiver como guia essas três letras, acho que ainda vamos estar no século passado”. Essa foi a defesa feita pelo senador Jorge Viana na tribuna do Senado na tarde de ontem, 8.

O senador acreano avalia que não tem sentido no ano de 2012, “o mundo ser medido apenas pelo crescimento da sua economia”. Jorge Viana participou no início da semana de um encontro com parlamentares e pensadores da área ambiental para discutir a Carta da Terra, um documento que aponta princípios para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. No encontro, ele apresentou a proposta de criação de um sucessor para o PIB e recebeu apoio de parlamentares e do escritor e teólogo Leonardo Boff, com quem manteve conversa sobre o assunto após o encontro no Senado.

“Temos que abrir esse debate. Acho que se a presidente Dilma chegasse à Rio+20 e apresentasse o desafio de encontrar um novo indicador que incorpore não só a variável econômica, mas que possa incorporar a variável social e ambiental, a gente já teria garan-tido  um bom resultado para a Conferência”, afirmou o senador.

O PIB foi criado na década de 30 por um russo naturalizado americano, Simon Kuznets. “Ele criou o PIB e alguns anos depois já dizia que o índice não era suficiente para aferir a verdadeira situação do país, a partir exclusivamente da renda”, relatou Jorge Viana. Para o senador, o PIB pode esconder desigualdades sociais, mau uso dos recursos naturais e uma série de outras mazelas que atingem povos do mundo inteiro. “O PIB há muito deixou de ser instrumento que possa trazer eficiência para o mundo que buscamos, que é o mundo da sustentabilidade” defendeu. (Assessoria)

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