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O novo para Rio Branco

Ousadia é a principal marca da Frente Popular do Acre desde a sua primeira formação para concorrer nas eleições de 1990.

A formação da aliança com vários partidos se constituiu em algo inovador e ousado, pois rompeu a tradição histórica de partidos irem à disputa eleitoral sem coligação com outras legendas.

O país havia retornado ares democráticos há menos de 10 anos. O Estado vinha de duas experiências de administrações pee-medebistas, que mesclaram investimentos e enriquecimento ilícito por meio de contas fantasmas.
Era a terceira eleição para eleger democraticamente um governador depois de 21 anos de ditadura militar, quando os direitos mais elementares da democracia haviam sido sequestrados do cidadão.

O Acre estava mal, mas tinha jeito. Acreditando na possibilidade de ajeitar a Frente Popular apostou no novo. Apresentou para a disputa o jovem engenheiro florestal de 30 anos chamado Jorge Viana.

Ancorado por diversos partidos e pelo sentimento de mudança da população, Jorge Viana derrotou o candidato peemedebista Osmir Lima e o representante da União Democrática Ruralista, Rubem Branquinho.

O petista foi ao segundo turno contra Edmundo Pinto.

Pínto ganhou, mas a Frente Popular não perdeu. Dois anos depois, nas eleições para prefeito de Rio Branco, Viana foi eleito e fez uma administração marcada pelo sucesso. Ficou comprovado que valeu a pena ousar.

A marca voltou a se fazer presente em 1994. Deputada estadual com a reeleição praticamente garantida, Marina Silva recebeu a convocação para tentar alçar voo mais alto: aceitou concorrer ao Senado.

Marina não tinha os recursos materiais e midiáticos dos seus adversários. Sua arma era a força da união e da capacidade de dialogar. Abertas as urnas, a petista derrotou antigos caciques da política. Ganhou com a maior votação entre os candidatos, ficando à frente de Nabor Júnior, que fora governador e conseguiu renovar o mandato.

O ano de 1994 também trouxe ao tabuleiro o jovem médico Tião Viana. Sem nunca ter concorrido a um cargo eletivo, ele disputou o governo e obteve votação expressiva, principalmente em Rio Branco, onde derrotou o candidato do PMDB, o então senador Flaviano Melo.

Experimentando e aprovado nas urnas, em 1998 Tião Viana foi o novo. Enfrentou novamente Flaviano Melo por uma cadeira no Senado. O petista ganhou e tornou-se senador da República aos 37 anos. Jorge Viana ganhou para o governo.

Veio o processo eleitoral de 2000 é não houve acomodação ou opção pelo tradicional. A Frente Popular foi buscar o economista Raimundo Angelim para disputar a prefeitura de Rio Branco.
Angelim foi derrotado por Flaviano Melo, mas as sementes da formação de uma nova liderança foram plantadas e produziram frutos quatros anos depois, quando ganhou para exercer a função que ocupa há mais de sete anos.

Exemplos ousados não faltam à aliança política que administra o Estado há quatro mandatos e à prefeitura de Rio Branco há sete anos. Foi assim em 2002, quando confiou que poderia eleger o desconhecido e inexpressivo Geraldo Mesquita Júnior senador da República, contrariando a todas as projeções.

Mesquita Júnior ganhou, mas logo tratou de trair a con-fiança dos seus aliados e mudou de lado politicamente. Pagou caro. Entrou para as páginas da história de maneira pouco ou nada meritória.

Na política a renovação é necessária. É um campo em quem a mudança de perfil e de atitudes quase sempre resulta em sucesso. A capacidade de renovar e confiar em lideranças novas politicamente, mas dotadas de capacidade técnica reconhecida levou ao lançamento do historiador Binho Marques a governador em 2006.

Intelectual responsável por uma bem sucedida gestão na Secretaria de Educação, Binho jamais tinha concorrido a um cargo eletivo. Mesmo assim foi para a campanha e superou o favoritismo de Márcio Bittar.

Nas eleições de 2010 a característica da campanha mudou. A marca da ousadia deu lugar ao convencional. Foram apresentados candidatos majoritários conhecidos da população. Não há como negar que houve certa acomodação. O excesso de confiança fez com que o  resultado não fosse o esperado e, mesmo tendo havido uma expressiva vitória eleitoral, o sentimento de derrota permeou setores da coligação por algum tempo.

O sentimento pós 2010 foi superado pela forma acelerada e presente de Tião Viana administrar o Estado. Somente o ano passado, o governador esteve presente 100 vezes nos municí-pios, sempre levando ações de governo que beneficiam as camadas mais carentes da sociedade.

Tião Viana fez a opção de governar com humildade e próximo da população. Acumulou as boas práticas de Jorge Viana e Binho Marques e aposta em políticas que podem assegurar o desenvolvimento econômico com a garantia de cidadania plena dos cidadãos e cidadãs acreanos.

Esse estilo de governa de Tião Viana foi aprovado pela população. Isso é o que apontam pesquisas realizadas por renomados, como o mineiro Vox Populi.

Agora, os acreanos se preparam para eleger os novos prefeitos. Há um quaro pré-desenhados em quase todos os municí-pios, mas é na capital que os olhares e as expectativas estão mais concentrados.

Para a sucessão de Raimundo Angelim, muitas são as pré-candidaturas. A maioria foi testada nas urnas. São políticos que não podem ver uma eleição, que põem os seus nomes na roda.

Contrariando o convencional, porém, a Frente Popular decidiu ousar novamente. Os partidos fecharam em torno da candidatura do jovem engenheiro civil Marcus Alexandre.

Ex-diretor-presidente do Deracre, Marcus Alexandre não foi testado nas urnas. O seu teste ocorreu, e ocorre, na capacidade de realizar trabalhos que somente os grandes lideres conseguem, como a pavimentação da BR-364 até Cruzeiro do Sul, obra do sonho de todos os acreanos.

Trata-se de mais uma aposta ousada de uma frente política que consegue se renovar a cada dia para continuar merecendo a confiança da população acreana.

Quem olha para os nomes postos na sucessão municipal não tem dificuldades para identificar que Marcus Alexandre é o que há de novo. Digo isso porque aqueles que se apresentam como alternativa de oposição o atraso e chegam até a fazer curso de ator com artista da Rede Globo de Comunicação para melhor interpretar o papel de gestor eficiente a fim de ludi-briar à população.

Marcus Alexandre, sim, é o novo para Rio Branco. Mas é importante destacar que apenas um candidato com rosto e ideias novas não é o atributo garantidor de triunfo. A militância também necessita se renovar, ousar e voltar a conquistar o coração e a confiança da população.

Marcus Alexandre é o novo para Rio Branco. É prova de que sempre é possível encontrar uma nova forma de caminhar.

Vamos caminhar juntos e mostrar que a Frente Popular continua sendo o melhor projeto para o Acre que completa 50 anos como Estado neste dia 15 de junho.

* Leonildo Rosa é secretário de Comunicação

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