Com a meta de vacinar 81.351 crianças de até 5 anos, o Acre já imunizou 46.418 contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, atingindo uma cobertura de 57,06%. O Balanço parcial foi divulgado ontem pelo Ministério da Saúde e indica que mais de 10 milhões de crianças em todo país já foram vacinadas. A campanha segue até o dia 6 de junho.
O contingente de imunizados no país, até o momento, representa 71,3% do total na faixa etária de zero a menores de cinco anos, segundo balanço parcial da manhã desta quinta-feira (21). A meta é vacinar, pelo menos, 95% dos 14,1 milhões de crianças, o que totaliza 13,5 milhões. A campanha segue até o próximo dia 6 de julho.
O desempenho por grupo de idade até o momento foi melhor entre os menores de um ano de idade, atingindo 75%, o que representa 2,1 milhões de doses aplicadas. Os estados com as maiores coberturas vacinais, até o momento, são São Paulo (83,5%), Goiás (82,7%), Paraná (82,6%), Rio Grande do Sul (82,2%) e Santa Catarina (80,6%).
“Queremos que esta campanha alcance os mesmos índices das realizadas nos anos anteriores, com 100% das crianças vacinadas contra a paralisia infantil”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Para repetir o sucesso das campanhas anteriores, de acordo com o ministro, é preciso que pais e responsáveis levem as crianças aos postos de todo o país.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, explica que, embora a campanha siga um ritmo considerado satisfatório, a meta de 95% de imunizados ainda não foi atingida. “É fundamental que os pais e responsáveis se conscientizem da importância de proteger as crianças para que possamos manter o Brasil livre da poliomielite”, alertou.
Em todo o país, foram distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral. O Ministério da Saúde investiu R$ 37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para aos fundos estaduais e municipais para a operacionalização das campanhas. Também foram destinados R$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas.
NOVO ESQUEMA – A partir deste ano, a campanha acontece em etapa única. Antes, na rotina de vacinação, a criança tomava duas gotinhas aos dois meses, aos quatro meses, aos seis meses e aos 15 meses de idade, além das doses durante as campanhas nacionais de vacinação.
A partir do próximo mês de agosto, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram vacinadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose, aos dois meses e a segunda dose aos quatro meses, com a vacina inativada poliomielite, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), e um reforço (aos 15 meses) continuam com a vacina oral.
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), com vírus inativado, vem ocorrendo em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo. A vacina contra a pólio é segura e se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
ELIMINAÇÃO – O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano 16 países registraram casos de paralisia infantil, sendo que, em três deles, a doença é considerada endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. (Com informações de Agência Saúde)