No Brasil, 33% da população tem acesso à internet em casa. Com isso, o país fica com a 63ª posição no ranking global da internet, em um total de 158 países pesquisados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na Suécia, 97% dos domicílios têm acesso à rede, seguido pela Islândia, com 94%, e Dinamarca, com 92%.
No Acre, mesmo com o programa Floresta Digital, apenas 21% das casas têm internet. Percebe-se que muitas pessoas optam por utilizar a internet móvel, seja ela por notebooks, tablets, laptops ou até mesmo por celulares. Vincenzo Di Gior-gio, presidente e CEO da Onda Mobile Communication para América Latina, explicou que as pessoas estão procurando por facilidades. “No Brasil, para conseguir uma internet banda larga simples, há um desgaste muito grande. O custo é alto e a instalação é demorada, além da complexidade da parte fixa. É muita burocracia. Geralmente as pessoas procuram algo mais fácil”.
A procura pelas conexões móveis trazem agilidade e economia para os consumidores. “As operadoras celulares têm maior vantagem por conta da facilidade. É necessária apenas uma antena da operadora. As conexões são móveis, economizam dinheiro e tempo”, disse Vicenzo.
Com planos acessíveis e de baixo custo, a atenção dos consumidores está voltada às redes móveis, afirmou Vicenzo. “As vendas de computadores móveis e celulares aumentaram. Com um objeto desse e um mini modem, você pode acessar a internet em qualquer lugar. Há alguns anos, quando os clientes conectavam por redes móveis nos celulares, as faturas vinham muito altas. Hoje em dia, as operadoras fazem planos melhores, com preços bem inferiores e com ótimas tarifas. Isso chama a atenção dos consumidores”.
Para Vicenzo, o percentual de casas com internet fixa vai diminuir. “Em geral, a tendência é crescer mais ainda a mobilidade. A facilidade e os preços chamam a atenção dos consumidores, que precisam de rapidez no dia a dia. Com certeza, a internet pelo celular é a que vai mais crescer”, finalizou.
Ranking de domicílios com internet fixa no Brasil:
1º – Distrito Federal – 58,7%
2º – São Paulo – 48%
3º – Rio de Janeiro – 43,9%
4º – Santa Catarina – 41,6%
5º – Paraná – 38,7%
6º – Rio Grande do Sul – 36,76%
7º – Espírito Santo – 36,73%
8º – Minas Gerais – 32,6%
9° – Mato Grosso do Sul – 30,7%
10 – Mato Grosso – 28,92%
11 – Goiás – 28,9%
12 – Rondônia – 24,8%
13 – Rio Grande do Norte – 22%
14 – Bahia – 21,3%
15 – Pernambuco – 21,28%
16 – Sergipe – 21,27%
17 – Acre – 21%
18- Paraíba -19,4%
19 – Roraima – 18,4%
20 – Amazonas – 18%
O estado que obteve o pior resultado foi Maranhão, com 11%, seguido pelo Piauí, com 12,8%, Pará com 13,7% e Ceará com 16%.
Nova série de Floresta Digital abre novos serviços
O Floresta Digital, programa do Governo do Acre de inclusão digital, criou mais um canal de comunicação com a comunidade. Trata-se da seção “O Floresta e Eu”, espaço que vai reunir, no Portal do Floresta Digital, as experiên-cias de usuários com o programa.
O técnico de informática da Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Dtic) da Seplan, Rodrigo Silva de Mendonça, explica que o principal motivo da falta de acesso à internet é geralmente causada pela má instalação e posicionamento da antena. “Muitas vezes elas são instaladas atrás de prédios e árvores, dificultando o acesso à internet. Por isso estamos realizando visitas aos bairros, buscando atender todas as casas que possuem antenas do programa”, relatou o técnico. De acordo com ele, nesta etapa a maior parte das visitas está sendo realizada na região da Sobral, mas usuários de outras localidades também são atendidos. “Pedimos que relatem seu problema e enviem seu endereço pelo Fale Conosco”, esclarece.
São casos como de Antônio Carlos de Souza, representante comercial autônomo e morador do bairro Conquista. “Enviei um e-mail para o Floresta Digital relatando minha situação”, disse Souza. Após verificar a antena e analisar o computador do usuário, o técnico detectou a ausência do Driver Wireles. “Esse é um problema frequente, por isso sempre trazemos o driver conosco”, explicou Rodrigo. A equipe do Floresta Digital esteve duas vezes na casa de Souza. “A primeira o problema era a antena mal posicionada. Agora formatei o computador e não instalei o driver. Essa segunda visita mostra a preocupação do programa com a gente”, concluiu o representante.
Outro caso encontrado pela equipe foi o de David Abreu, dono de um restaurante na região da Sobral. O sinal estava bom, mas oscilando um pouco.
Durante estas visitas, o esforço da equipe ficou evidente. Enquanto alguns técnicos cuidavam de um caso, os outros saíam pela rua verificando as casas com antenas de rádio instaladas. Quando percebiam algum problema, já iam atrás de resolver.
Acompanhando estas visitas, percebe-se que na maioria das vezes, o problema de acesso é resolvido e a qualidade do sinal melhora. Os usuários que desejarem receber esta visita técnica da equipe do Floresta Digital, devem enviar um e-mail para floresta digital@ac.gov.br , relatando sua experiência, sejam problemas técnicos, sugestões ou críticas. O importante é que o cidadão utilize este canal para chegar à resolução de seu problema. (Wellington Mota / Assessoria Seplan)