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Arraial Cultural valoriza a identidade regional e a geração de renda

ltural-é-o-fato-de-que-tudoO Arraial Cultural chega a sua décima quarta edição com o tema “O Povo do Acre Festeja Gonzagão”, em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. A programação ainda terá o 2° Encontro de Sanfoneiros do Acre, com a participação especial de Chico Chagas, o Festival Estadual de Quadrilhas, e também as atrações do palco Saudades do Seringal.

“É uma festa para a família e todo mundo vai poder se divertir com segurança”, afirma Karla Martins, responsável pela organização. Mesmo que o espetáculo só comece na semana que vem, de 2 a 8 de julho, na Avenida Amadeo Barbosa, os elementos que vão compor a decoração do espaço já estão sendo trabalhados há semanas.

É preciso de pelo menos 15 dias para produzir as peças, como luminárias, balões e as tradicionais bandeirinhas. O diferencial no resultado é que a mão de obra é toda artesanal, com a utilização apenas de jornais, revistas, chita e TNT.

O conceito é inspirado nos grandes arraiais do Brasil, como o de Campina Grande, na Paraíba. As referências são capturadas e transformadas com base na cultura regional. Depois de tudo pronto, ainda é necessário três dias inteiros só para montar a estrutura na avenida. O espaço das barracas, que vai abrigar os vendedores ambulantes, por exemplo, deve se transformar em um seringal.

“Colocamos todo amor e paixão nesse trabalho e a nossa equipe interage com isso, é muito gostoso de fazer”, explica a artista visual Silvânia Mota, da FEM. Em relação ao palco principal, onde o cantor Daniel Gonzaga vai se apresentar, ela diz que o público vai ter muitas surpresas. “Mas, infelizmente, não podemos adiantar mais nada”, conta.

E essa também é uma época que serve para movimentar a economia. De acordo com o presidente da Cooperativa dos Vendedores Ambulantes de Comidas, Sebastião Brasil, o Arraial Cultural gera renda de até dois salários mínimos nos sete dias de evento. “Lá, nós lucramos o que seria preciso bem mais do que dois meses de trabalho, principalmente porque na rua a concorrência é mais acirrada e acaba diminuindo o nosso lucro”, explica.

A presidente da FEM também fala sobre o momento. “É uma atividade que está inserida dentro dessa proposta de economia da cultura que, além de gerar entretenimento e valorizar a cultura popular, torna-se uma fonte de renda, mesmo que provisória”, comenta Francis Mary. (Assessoria FEM)

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