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Família cobra assistência para operário que sofreu acidente durante o trabalho

AcidenteA dona de casa Andriele Rodrigues Nascimento, 25 anos, está passando por momentos difíceis. Há mais de 1 mês, seu esposo, Agnaldo Pimenta da Silva, 36 anos, está internado na UTI do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Agnaldo trabalhava em uma tornearia e no dia 19 de abril caiu de uma altura de aproximadamente 6 metros, batendo a cabeça. Ele não usava nenhum equipamento de segurança na hora do acidente. Por isso, está sem o movimento dos braços e das pernas.

Andriele contou que o esposo ‘trabalhava’ há pouco tempo na empresa e que até o momento não foi prestada nenhuma assistência. “Ele trabalhava há 1 mês e não tinha carteira assinada. Meu cunhado procurou a empresa onde ele trabalhava e informaram que não iriam dar assistência, pois o contrataram de outra empresa terceirizada. Não sei realmente quem o contratou”.

Agnaldo era a pessoa que sustentava a família. Sem parentes próximos, Andriele diz que está passando por necessidades. “Ninguém me procurou. Não ligaram nem para saber como ele está. Não tenho dinheiro. Tenho uma filha de 10 anos para sustentar e estou passando necessidades. Sou desempregada e ele era o homem da casa, quem nos sustentava. Recebo apenas uma pensão do pai da minha filha no valor de R$ 150. Não tenho família aqui. Somos de Rondônia. A única pessoa da família que mora aqui é o meu cunhado, mas ele não tem condições de nos ajudar também. Não posso nem ir ao hospital visitá-lo porque não tenho dinheiro para pagar passagem de ônibus”.

Após sair da UTI, a vítima irá precisar de assistência, já que não poderá trabalhar. “Agora, ele está internado e quase nem acorda. Estávamos esperando a assistência, mas não conseguimos. Quando ele for para o leito, vamos precisar de medicação, fraldas geriátricas. Só que não vamos conseguir comprar”.

OUTRO LADO – A GAZETA procurou a tornearia onde Agnaldo trabalhava no momento do acidente. Lá, um dos funcionários afirmou que não existe nenhum vínculo empregatício da empresa com a vítima, já que eles ‘terceirizaram’ o serviço. Foi repassado, então, o número do telefone da pessoa que o contratou, um homem identificado apenas por ‘Agnaldo’. Mas, até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contatá-lo.

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