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Farias apresenta moção de aplauso em comemoração aos 35 anos da descoberta dos Geoglifos no Acre

O deputado Eduardo Farias (PCdoB) apresentou na sessão de ontem, 27, uma moção de aplauso em comemoração aos 35 anos da descoberta dos Geoglifos no Estado do Acre, patrimônio cultural estes descobertos pelos pesquisadores Alceu Ranzi, da Ufac, Ondemar Dias, do Instituto de Arqueologia Brasileira do Rio de Janeiro, e Franklin Levy, do IAB. Para o deputado as formas geo-métricas encontradas no Estado por esses pesquisadores são uma grande aposta o crescimento turístico do Acre.

“Eu não poderia deixar de homenagear esses pesquisadores pelos 35 anos da descoberta dos geoglifos no Acre. Esta moção de aplauso é uma maneira que encontrei de saudar esses profissionais pelo trabalho deles e dedicação ao longo do tempo. Todos nós sabemos que essas formas geométricas são muito importantes para entendermos um pouco sobre aqueles que habitaram nossa região no passado, sem contar que também são um atrativo turístico para muitos curiosos que desejam entender o significado dessas marcas de formas variadas”.

Nas últimas décadas, com o avanço das frentes de expansão agrícola do sul do Brasil rumo à Amazônia, milhares de quilômetros quadrados anteriormente recobertos pela floresta se transformaram em áreas destinadas à criação de gado. Essa mudança na paisagem possibilitou observar, a partir de meados da década de 1970, a existência de desenhos geométricos escavados em baixo relevo no solo argiloso do Estado do Acre, no Oeste da Amazônia, próximo da fronteira com a Bolívia.

Era 1977 e como parte do inventário do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica (PRONAPABA), Patrocinado pelo Smithsonian Institution, de Washington, em colaboração com o CNPq, Museu Paraense Emílio Goeldi e Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), foi registrado pela primeira vez, nas imediações da sede da Fazenda Palmares, a ocorrência de estruturas de terra de forma geométricas, posteriormente designadas de geoglifos.

De acordo com o parlamentar, a descoberta foi registrada pelo professor Ondemar Dias, do Instituto de Arqueologia Brasileira do Rio de Janeiro, que juntamente com os pesquisadores Franklin Levy, do IAB, e Alceu Ranzi, da Ufac, estavam nesta região coordenando levantamento de sítios arqueológicos como parte do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônia (Pronapaba).

“A real dimensão e extensão da área geográfica de ocorrência dessas estruturas, no entanto, só foi realmente percebida através de observação aérea. Em meados da década de 1980, o Prof. Alceu Ranzi, ao olhar pela janela de um avião, em voo comercial entre Porto Velho e Rio Branco, percebeu uma estrutura circular dupla, na margem da BR-317. Na época, em avião monomotor, uma equipe sobrevoou a área e o registro fotográfico foi obtido pelo fotógrafo Agenor Mariano”. (Agência Aleac)

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