Servidores do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra/AC) entraram em greve. O movimento aderiu à paralisação da categoria, onde 25 das 30 superintendências em todo o Brasil paralisaram as atividades. A categoria reivindica a reestruturação de carreiras, reposição salarial de 22%, novas contratações por concurso público e melhoria das condições de trabalho.
Pedro Nazaré, presidente do sindicato dos servidores públicos federais e servidor do Incra explicou que os salários recebidos são incompatíveis a outros orgãos com atividades idênticas. “A pauta setorial dos servidores do Incra é a reestruturação do órgão. Estamos solicitando uma reparação da categoria salarial com os servidores do Ministério da Agricultura. Os dois órgãos são do executivo e realizam praticamente as mesmas atividades, mas há uma grande diferença salarial, de quase 100%”.
O presidente também afirmou que o órgão não conta com a quantidade de funcionários suficientes para suprir as necessidades. “Precisamos de um concurso público com a melhoria salarial. O quadro de servidores está praticamente acabando. Só na superintendência do Acre temos 220 funcionários. Destes, 70 irão se aposentar. Temos uma perda de 40% do quadro. Muitos fazem concurso, passam e quando chegam ao órgão e vem o salário baixo, desistem de ficar”.
A greve irá continuar por tempo indeterminado. “É necessário trabalhar a estruturação física do órgão, precisamos de recursos para trabalhar a reforma agrária. Praticamente paramos no tempo porque o Governo Federal tirou o dinheiro do orçamento da união e não colocou para a reforma agrária. Estamos sem fazer a reforma agrária e sem as políticas destinadas para ela. Iremos conti-nuar a greve até que haja uma negociação”.