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Funtac procura soluções para energia em áreas isoladas

thumb posse na funtac foto A informação de que a Vale vai construir uma usina de biodiesel na Amazônia reacendeu o debate em torno das energias alternativas em grande escala. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o projeto está orçado em US$ 500 milhões e deve entrar em operação em 2015. Toda a produção da futura usina será destinada a abastecer o maquinário da própria Vale.

A produção de biodiesel já faz parte da agenda do poder público no Acre, mas nunca foi prioridade de governo. A Funtac mantém uma unidade de produção de biodiesel com capacidade de produção de 500 litros por dia.

Em parceria com a Embrapa, a Fundação de Tecnologia do Acre já identificou algumas cultivares com bom potencial de produção de óleo. Dendê, soja e mamona apresentaram bons resultados.
Mas, atualmente, as pesquisas estão paradas por falta de recursos. Ainda quando suplente no Senado, Sibá Machado (PT/AC), hoje deputado federal, destinou emendas parlamentares para subsidiar pesquisas.

“A nossa prioridade é buscar soluções energéticas para áreas isoladas”, pontua o diretor-presidente da Fundação de Tecnologia do Acre, Luiz Augusto de Mesquita. “A tecnologia não é problema, mas o insumo para a produção de bio-diesel em grande escala, sim”.

Mesquita adiantou que é possível elaborar uma agenda consorciada com os atuais produtores de cana de açúcar para que possam ser cultivadas em áreas degradadas espécies com potencial bioenergético.
No Acre, há uma dificuldade na montagem desse “consórcio”: os atuais produtores de cana encontram dificuldade para expandir plantação, mesmo em áreas degradadas. “E derrubar floresta para plantar cultivares com potencial bio-energético eu, particularmente, sou contra”, adianta. “Precisamos encontrar soluções novas”.

O presidente lembrou que o fogão que transformava energia térmica em energia elétrica é uma alternativa boa, mas encontrou resistência por parte da comunidade extrativista que não se adaptou ao equipamento.

O presidente da Funtac adiantou também que a técnica do “craqueamento” está em fase de testes e que, com ela, é possível aproveitar até óleos de uso domésticos e plásticos para gerar energia.

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