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Governo Federal cancela negociação e professores federais continuam em greve por tempo indeterminado

Greve Ufac continuaHá mais de um mês em greve, os professores e funcionários técnicos da Universidade Federal do Acre (Ufac), se reuniram em frente ao Colégio de Aplicação. Uma reunião para iniciar as negociações com o Governo Federal estava prevista para ontem (19), mas foi cancelada por conta da conferência Rio +20.

De acordo com Gerson Albuquerque, presidente do comando de greve, não é a primeira vez que as negociações são adiadas. “Aguardavamos a resposta do governo para nossa proposta e nos foi encaminhado um documento adiando a reunião. Lamentavelmente suspenderam mais uma vez o calendário proposta por eles. Isso é um ato irresponsável e que coloca em evidência a face irredutível do governo, que não consegue dialogar com a pauta que apresentamos. Estamos aguardando há mais de um ano por essa resposta. Nada justifica o que eles estão fazendo”.

A formação dos alunos é prejudicada por falta de estrutura nas universidades. “Não nos interessa o debate que o governo está fazendo com relação aos impactos financeiros. Queremos uma universidade capaz de funcionar com decência, professores e funcionários com um plano de carreira que lhes assegure dignidade, alunos com condições de estudar em salas, laboratórios, blibliotecas adequadas e que recebam bolsa de estudos. A universidade vive hoje um prejuízo estrutural. A formação dos alunos durante os últimos anos tem sido gravemente comprometida. A greve coloca a possibilidade de superarmos esses prejuízos dos últimos cinco anos. Vamos intensificar o movimento, nos manter na rua e dialogar com a sociedade para que o governo volte atrás e reconvoque o quanto antes as negociações”, disse Gerson.

O presidente do comando afirmou que os alunos não serão prejudicados por conta da greve. “Os professores sempre agiram com responsabilidade. Após as greves tentamos repor com a maior tranquilidade possível aquilo que foi perdido. Nunca agimos de forma para prejudicar os estudantes. É tanto que em 31 universidades os estudantes deflagraram greve com os professores”.

Charles Brasil, diretor nacional da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), disse que o movimento está ganhando força. “Os trabalhadores decidiram de forma unânime em entrar na greve. Das 49 entidades, 47 aderiram ao movimento somente na primeira semana. É importante dizer que ninguém deseja a greve, mas temos que buscar nossos direitos. O governo prometeu que até março atenderia a nossa pauta, mas até agora não resolveu nada.  Isso demonstra que a educação brasileira não tem prioridades”, concluiu.

Greve Ufac continua 2

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