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Governo lança edital para produção de vídeos documentários com o tema “Acre – Cinquenta anos de Autonomia”

Incentivar a produção de obra audiovisuais que retratem a memória da cultura acreana é a ideia do edital que será lançado pelo governo do Estado, através da Fundação de Cultura Elias Mansour,   como parte da programação cultural das comemorações do Cinquetenário do Estado do Acre,  nesta quarta-feira, 13, 19 horas, no Memorial dos Autonomistas. O concurso que traz como tema o  “Acre – Cinquenta anos de Autonomia”, contemplará  projetos de vídeos  documentários de curta-metragem. O edital tem o apoio do Núcleo de Produção Digital da Usina de Arte João Donato, e será lançado com a exibição do filme “Borracha para aVitória” de Wolney Oliveira. 

Serão selecionados dois projetos documentários de curta-metragem que proponham uma visão original a partir de situações, manifestações e processos históricos e que explorem a temática. Cada premiado receberá o valor  R$ 30 mil, através de assinatura de  contrato de  co-produção com  a  Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour/ Núcleo de Produção Digital da Usina de Arte João Donato. Os  documentários  premiados serão exibidos em cadeia estadual através da programação do Sistema Público de Comunicação/ TV Aldeia. A duração de cada vídeo será de  15 e 25  minutos. O período de inscrições será de 18 de junho a 21 de setembro de 2012. 

Borracha para a Vitória
O documentário de Wolney Oliveira narra a história do segundo ciclo da borracha e o resgate da dívida do estado brasileiro para com 54 mil agricultores nordestinos, em sua maioria cearenses, que foram transferidos para a Amazônia a partir do acordo entre Brasil e Estados Unidos. Este visava à extração do látex para a produção de armamentos na Segunda Guerra Mundial.

Iludidos com a possibilidade de uma vida melhor na Amazônia e fugindo de mais uma seca, milhares de nordestinos atenderam ao chamado do presidente Getúlio Vargas para irem ao Norte do país extrair o látex que seria enviado aos países aliados, que viviam a crise da borracha e não podiam fabricar pneus e armas em plena guerra.

Incentivados por promessas de dinheiro e uma vida melhor, os “soldados da borracha” encontraram uma saga de solidão, abandono e escravidão que o Brasil não conhece. São histórias de famílias inteiras que se mudaram para o Acre e nunca mais conseguiram voltar para seu estado de origem. Para muitos, um caminho sem volta que levou à morte 30 mil pessoas. (Assessoria FEM)

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